A Polícia Federal indiciou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques por impedir o trânsito de eleitores no Nordeste no segundo turno da eleição presidencial de 2022.
O indiciamento também atinge quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça, segundo informação da GloboNews. A PF enquadrou o grupo no artigo 359-P do Código Penal: “Restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
A pena para o crime é de reclusão de três a seis anos e multa, além da punição correspondente à violência. As blitze em estradas ocorreram em uma região em que Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) e só terminaram após uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Na semana passada, Moraes mandou soltar Silvinei, que estava preso desde 9 de agosto de 2023 exatamente pela suspeita de organizar os bloqueios no deslocamento de eleitores.
Em substituição à prisão, o magistrado ordenou o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
Torres, por sua vez, chegou a ser preso preventivamente por ordem de Moraes por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Ele deixou a prisão em maio de 2023.
(Matéria em atualização)