A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Luís Carlos Barbosa, o João Furtado (PL-SC), e o cantor Sérgio Reis por organizarem atos antidemocráticos no 7 de setembro de 2021. Além deles, outras 11 pessoas também foram indiciadas, conforme informações do colunista Aguirre Talento, do UOL.
Os envolvidos, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram acusados de incitar a obstrução de vias e pressionar pelo impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após concluir o inquérito, a PF indiciou João Furtado, Sérgio Reis e os demais pelos crimes de incitação ao crime, cuja pena varia de três a seis meses de detenção, associação criminosa, com reclusão de um a três anos, e tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes.
Para o último crime, a PF aplicou a antiga Lei de Segurança Nacional, vigente na época dos fatos, que prevê pena de dois a seis anos de prisão.
Entre os indiciados estão também Antônio Galvan, ex-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho), e o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio, ambos acusados de incitação ao crime e associação criminosa.
Vale destacar que a investigação foi iniciada em 2021 a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que identificou convocações para manifestações antidemocráticas nas redes sociais no 7 de setembro.
João Furtado foi alvo de um mandado de prisão na época e ficou foragido por um mês. Em 2022, foi eleito deputado federal e atualmente usa tornozeleira eletrônica.
Além disso, a PF concluiu que os investigados se organizaram para realizar atos contra o Estado democrático. O inquérito foi enviado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidirá se apresentará denúncia contra os acusados.