A Polícia Federal detectou evidências de que os incêndios em 30 áreas do Pantanal foram causados por ação humana, de forma deliberada e criminosa.
Destes 30 locais, que foram identificados por análise por satélite e perícia de campo, 12 estão em áreas de fazendeiros que já estão sendo investigados pelo Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Os incêndios são uma forma barata para os fazendeiros “limpar” a área e, consequentemente, ampliar o espaço para pastagem de gado.
Caso comprovado que os proprietários causaram os focos de incêndio, eles responderão por crime ambiental.
As queimadas no Pantanal explodiram em junho, alcançando 2.639 focos ao longo do mês, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em maio, foram 246 focos.
As ações dos órgãos de proteção ambiental, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), passaram a atuar de forma emergencial com apoio da Força Nacional.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou no dia 16 de junho que 96% dos incêndios no Pantanal foram apagados ou controlados. Dos 67 incêndios, 42 foram extintos e 18 foram controlados.
85% dos incêndios foram em áreas privadas, enquanto 7,3% foram em Terras Indígenas, 6,2% em Unidades de Conservação federais e estaduais.
De acordo com o Inpe, 68% dos focos de incêndio no Pantanal registrados em 2024 ocorreram na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Fonte: Página 8