
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares desviaram joias que ultrapassam R$ 25 milhões em valor de mercado, segundo a Polícia Federal. A investigação da corporação aponta que seus auxiliares venderam presentes oficiais e entregaram valores a ele em espécie.
No total, as joias investigadas no caso chegam a US$ 4.550.015,06 (cerca de R$ 25.298.083,73), de acordo com a PF. O relatório da corporação não menciona quanto desse valor chegou a Bolsonaro, já que parte das joias vendidas foram recompradas.
“Os elementos acostados nos autos evidenciaram a atuação de uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais, entregues por autoridades estrangeiras, para posteriormente serem vendidos no exterior”, diz a PF.
Segundo o documento, a associação criminosa que envolvia Bolsonaro tentou “legalizar” a incorporação desses bens ao patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), para vendê-los posteriormente. O valor dos itens era convertido em dinheiro em espécie para pagar despesas pessoais do ex-presidente e “ocultar a origem, localização e propriedade” do montante.

Os valores obtidos com a venda ilegal das joias foram usados pelo ex-presidente para custear suas despesas nos Estados Unidos, de acordo com o relatório da PF. “A utilização de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma das formas mais usuais para reintegrar o ‘dinheiro sujo’ à economia formal, com aparência lícita”, aponta.
A corporação aponta que o valor movimentado no esquema gera um “enriquecimento inadmissível pelo presidente da República, pelo simples fato de exercer uma função pública”. Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (apropriação de bem público) pela Polícia Federal.
Além dele, outras 11 pessoas foram indiciadas pelo esquema. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do inquérito e determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até 15 dias sobre o caso.
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