Brasília – A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Luís Carlos Bolsonaro no caso das joias sauditas. A autoridade policial enviou o relatório parcial da investigação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso. De acordo com a PF, o ex-presidente e mais 11 pessoas concorrem ao crime de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo do ex-presidente. Também são alvos do indiciamento Fabio Wajngarten, o general Mauro Cid, Lorenna, o tenente-coronel Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef, Marcelo Câmara, Bento Albuquerque, José Roberto Bueno Júnior, Júlio Cesar Vieira, Marcelo Vieira, Marcos André do Santos Soeiro e Osmar Crivelatti.
Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros devem ser integrados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, que não poderiam ficar no acervo pessoal do ex-presidente.
No entanto, segundo as investigações, desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início do ano passado. As vendas eram operacionalizadas pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente Mauro Cid.
- Situação do ex-presidente se agrava com descoberta de nova joia negociada por aliados
Por André Richter, repórter da Agência Brasil