O primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada percorreu aproximadamente 180 quilômetros, partindo da base da Petrobras no bairro Imbetiba, em Macaé (RJ), até a plataforma P-51, na Bacia de Campos, litoral fluminense. A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo diversas aplicações com essa tecnologia.
Os objetivos do voo, realizado em julho, incluíram testar a implantação do transporte de cargas de até 50 kg, agregar valor à logística do transporte aéreo offshore, reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves. Além disso, essa tecnologia pode reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.
A Petrobras já utiliza drones para pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos. A análise dos dados gerados pelo voo deve ser finalizada ainda no segundo semestre deste ano. Segundo a Petrobras, outros voos simulados com aeronaves no mesmo espaço aéreo serão realizados e, dependendo dos resultados, o procedimento será implantado na empresa.
A operação, ainda em fase de testes, foi realizada em colaboração com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore.
A Petrobras está trabalhando para viabilizar voos de longo alcance com aeronaves remotamente pilotadas.