A Petrobras retomou seus investimentos com o anúncio de mais de R$ 33 bilhões aplicados no segmento de refino e petroquímica nesta sexta-feira (04/07), em evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

A cerimônia de lançamento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de outras autoridades.

Um dos destaques em termos de investimento em infraestrutura é o projeto do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, e sua integração com a Reduc, que receberá cerca de R$ 26 bilhões em investimentos, com projeção de geração de 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Tal estrutura vai ajudar a aumentar a produção de combustíveis como diesel S-10, querosene de aviação e lubrificantes grupo II, além de produzir produtos renováveis, como HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e SAF (Sustainable Aviation Fuel), em uma planta dedicada.

Para garantir a confiabilidade e eficiência das instalações, a Reduc também receberá investimentos de até R$ 2,4 bilhões até 2029 em paradas programadas de manutenção, com destaque para 2026, que deverá gerar cerca de 18 mil postos de trabalho.

Mudanças nos combustíveis

A Reduc já obteve autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir SAF com até 1,2% de óleo de milho no querosene de aviação (QAV), um primeiro passo em direção a uma futura produção de até 10 mil bpd deste produto.

Tal medida permite à estatal atender de forma antecipada a regulamentação para redução de emissões de voos internacionais (padrão CORSIA) e antecipa exigências da Lei do Combustível do Futuro.

Outro avanço é o desenvolvimento do Diesel R7, com 7% de conteúdo renovável. A Reduc, que já produz Diesel R5, recebeu autorização da ANP para iniciar os testes com o novo teor ainda este mês.

Expansão na petroquímica

No segmento petroquímico, os investimentos vão incluir a expansão da planta de polietileno da Braskem, que aumentará sua capacidade produtiva em até 220 mil toneladas por ano, um projeto orçado em R$ 4,1 bilhões (sujeito a aprovações da governança da Braskem) e que poderá gerar cerca de 7.500 empregos diretos e indiretos.

Além disso, estão em estudo projetos para produção de ácido acético e monoetileno glicol, insumos atualmente importados, que podem posicionar o Brasil como produtor. A fabricação ficaria concentrada no Complexo de Energias Boaventura.

Energia termelétrica

Outro projeto do Complexo de Energias Boaventura é uma nova central termelétrica, com duas usinas de 400 MW cada, com previsão de participação no próximo leilão de energia.

A Petrobras também prevê a construção de uma nova central termelétrica na Reduc, trocando equipamentos obsoletos de geração de vapor e energia elétrica. O investimento, de R$ 860 milhões, deve gerar aproximadamente 640 postos de trabalho.

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Last Update: 04/07/2025