O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, proibiu a entrada em seu país de aviões norte-americanos transportando imigrantes colombianos, em resposta às ameaças de deportações em massa feitas por Washington.
“Os EUA não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos. Desautorizo a entrada de aviões norte-americanos com migrantes colombianos em nosso território”, afirmou o mandatário neste domingo em sua conta na rede social X. “É necessário estabelecer um protocolo que garanta um tratamento digno aos migrantes antes de os recebermos”.
Mais: “Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece. É por isso que mandei devolver os aviões militares dos EUA que vieram com migrantes colombianos. Não posso obrigar os migrantes a permanecer num país que não os quer. Mas se esse país devolvê-los, deverá ser com dignidade e respeito por eles e pelo nosso país. Em aviões civis, sem sermos tratados como criminosos, receberemos os nossos compatriotas. A Colômbia se respeita”.
Un migrante no es un delincuente y debe ser tratado con la dignidad que un ser humano merece.
Por eso hice devolver los aviones militares estadounidenses que venían con migrantes colombianos.
No puedo hacer que los migrantes queden en un país que no los quiere; pero si ese país… https://t.co/U1MmWrNio1
— Gustavo Petro (@petrogustavo) January 26, 2025
As declarações de Petro surgem após informações de que o novo governo do presidente Donald Trump planeja deportar imigrantes irregulares diariamente em aviões militares, segundo afirmou nesta semana Tom Homan, conhecido como o “czar da fronteira” da Casa Branca e responsável pelas deportações em massa.
Em entrevista à ABC News, Homan explicou que, após a posse de Trump, o governo dos EUA utilizou pela primeira vez aviões militares para repatriar imigrantes e que essa prática agora será recorrente.
“Se você está no país ilegalmente, está na mira, porque não é certo violar as leis deste país. É preciso lembrar que cada vez que você entra ilegalmente nos EUA, está cometendo um crime”, afirmou Homan.