Deputados do PT exaltam o programa como pilar da cidadania e do combate à fome, “direito ao voto não se vende, não se troca e não se retira”

A tentativa da extrema-direita de propor que beneficiários do Bolsa Família não possam votar gerou indignação nos petistas, no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (18/6). Em pronunciamentos, os parlamentares do PT classificaram a ideia como antidemocrática, elitista e criminosa, além de ignorar os avanços sociais gerados pelo programa que hoje garante segurança alimentar a milhões de brasileiros.

Bolsa Família salva vidas

“O Bolsa Família salvou vidas. Foram 700 mil mortes evitadas, 8 milhões de internações hospitalares poupadas. Isso é política pública séria, baseada em dados, não em preconceito”, afirmou o deputado Helder Salomão (PT-ES). Para ele, a fala de que quem recebe benefício do governo não deve votar representa “o fim do mundo” e expõe a hipocrisia da oposição. “Vossas Excelências criticam o Bolsa Família, mas são condescendentes com quem recebe R$ 860 bilhões em incentivos fiscais. Falam grosso com os pobres e fininho com os ricos”, provocou o deputado.

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Empregado também vota

Diante das falas de deputados bolsonaristas, o deputado federal Airton Faleiro (PT-PA) reagiu enfaticamente: “Acabou o tempo em que era só o patrão que votava, e o empregado não. Em que era só o homem que votava, e a mulher não. O Brasil universalizou o voto. Dizer que quem tem Bolsa Família não pode votar é retrocesso. É o novo coronelismo tentando se vestir de modernidade”.

O parlamentar chamou atenção para as contradições fiscais do debate. “Se querem derrubar o decreto do Presidente Lula sobre o IOF, que garante justiça fiscal, o que estão propondo é cortar investimento no Bolsa Família, no Farmácia Popular, no Minha Casa, Minha Vida. Isso sim é irresponsabilidade. Querem jogar a conta da crise no colo do povo pobre”.

“Quem tem fome tem pressa”

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), os ataques ao programa escondem algo ainda mais grave: a tentativa de desumanizar os pobres e de naturalizar a fome. “A fome sim rouba consciências, não o Bolsa Família. Querem que essas pessoas não votem, mas é esse mesmo Governo que está tirando o Brasil da fila do osso e do desemprego. Como dizia Betinho: ‘quem tem fome tem pressa’”.

A parlamentar ainda destacou o caráter estruturante do programa: “O Bolsa Família com as suas condicionantes faz com que nós tenhamos nossos meninos e meninas nas escolas, faz com que tenhamos proteção das nossas crianças. É um programa reconhecido mundialmente”.

Política pública salva vidas

O voto é direito, não privilégio. E o Bolsa Família, longe de ser um obstáculo à democracia, é um instrumento de sua concretização. Como pontuou Helder Salomão, o programa é um dos maiores exemplos de como uma política pública pode salvar vidas, garantir dignidade e promover justiça social.

Enquanto setores da extrema-direita tentam criminalizar os pobres por votarem, o campo progressista reafirma que é justamente pela sua voz nas urnas que o Brasil segue avançando.

 

Elisa Alexandre

 

 

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Last Update: 18/06/2025