Crimes cometidos pelos golpistas ameaçam a democracia brasileira.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira (18/2), sob acusação de crimes que ameaçam a estabilidade democrática do País.
Os casos que envolvem os golpistas de extrema direita também relembram os fantasmas da ditadura civil-militar-empresarial (1964-1985), como pontuou o deputado federal Reimont (PT-RJ). “Esses mesmos atores que estavam lá na ditadura, hoje estão sendo denunciados pela PGR”, afirmou. “Havia um plano de assassinato. O plano incluía matar três autoridades. Esse golpe não falhou por que eles mudaram de ideia. Falhou por falta de logística. Eles não foram capazes de implementar o golpe”, denunciou o parlamentar.
Denúncia da PGR
Diante da gravidade das acusações, o deputado federal Helder Salomão (PT-ES) reforçou que os crimes são gravíssimos. “Não venham aqui diminuir a gravidade do que foi denunciado pela PGR”, disse. “Organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração do patrimônio tombado” são os crimes imputados aos 34 denunciados pela PGR.
Sem anistia
Já o deputado federal Luiz Couto (PT-PB) abordou acerca da seriedade das investigações e parabenizou a Polícia Federal e o Procurador-Geral da República pelo trabalho técnico e contundente. “Jair Bolsonaro não é apenas um político controverso. Ele é, segundo as investigações, um criminoso contundente, um líder de quadrilha que articulou ações que colocaram em risco a estabilidade do nosso País”, observou. Couto também explicou a relação com a quebradeira de 8 de janeiro. “Os atos terroristas de 8 de janeiro não foram atos isolados; foram atos coordenados e articulados. Sem anistia para golpistas”, conclamou.
Bolsonaro vai ser preso
O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) é taxativo: “Bolsonaro vai ser preso!” Ele foi o chefe da organização que tentou matar o Presidente Lula, o Vice Geraldo Alckmin e também [o ministro do STF] Alexandre de Moraes. É a coisa mais feia do mundo! Golpista!”.
Parlamentares de esquerda também avaliam que a falta de justiça efetiva no passado permitiu que muitos desses agentes da ditadura militar permanecessem ativos, reeditando práticas autoritárias e colocando em risco o Estado Democrático de Direito.
Elisa Alexandre