Fortalecer a indústria é essencial para gerar emprego, para impulsionar a inovação e para contribuir com um futuro sustentável e menos desigual para o nosso País

Deputado Carlos Veras (PT-PE) – Foto: Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou, nesta terça-feira (25/03), a 30ª edição da Agenda Legislativa da Indústria 2025, em sessão solene no Congresso Nacional, que reuniu parlamentares e lideranças do setor. Os parlamentares da Bancada do PT na Câmara destacaram a importância da indústria para o crescimento econômico, a geração de empregos e a redução das desigualdades, com discursos que enfatizaram a necessidade de políticas integradas entre os Poderes.

O deputado Carlos Veras (PT-PE), 1º secretário da Câmara, afirmou que a indústria é “motor” para melhorar a vida dos trabalhadores e citou avanços recentes. “Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano passado, a produção industrial cresceu 3,1%, e em 2024 batemos recorde em exportação de manufaturados. Isso é fruto do diálogo entre Executivo e Legislativo, como na Reforma Tributária, que a CNI apoiou”, disse. Ele defendeu um crescimento “integrado, sem deixar ninguém para trás”, com atenção a empregos e direitos trabalhistas.

“Celebramos hoje o nosso compromisso com o desenvolvimento nacional, em um momento em que o Brasil retoma o crescimento com a inclusão social. Fortalecer a indústria é essencial para gerar emprego, para impulsionar a inovação e para contribuir com um futuro sustentável e menos desigual para o nosso País”, afirmou Carlos Veras.

Justiça Social

Deputada Benedita da Silva (PT-RJ) – Foto: Gabriel Paiva

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que representou a bancada feminina, vinculou o desenvolvimento industrial à justiça social. “Fortalecer a educação básica e o ensino técnico é pré-requisito para preparar jovens, especialmente mulheres negras, para o mercado de trabalho. Só com equidade teremos inovação e produtividade”, afirmou.

Para Benedita, ao trabalhar com esses dois eixos que são “prioritários e estratégicos”, o Brasil estará não apenas promovendo inclusão e mobilidade social, mas também assegurando que tenha a força de trabalho qualificada necessária para competir globalmente e sustentar o seu crescimento econômico no longo prazo. “Isso só vai acontecer quando homens e mulheres, em toda a sua diversidade, estiverem igualmente preparados para ingressar no mercado de trabalho”.

Competitividade e inovação

Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) – Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

E o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu reformas estruturais para garantir mais competitividade. “Eu acredito que o Brasil deve dar continuidade a uma agenda de reformas, a uma agenda voltada para garantir ao País competitividade, ganho de produtividade, modernização, para resolver os contenciosos em todos os campos, eliminar o custo Brasil melhorando a nossa infraestrutura, seja rodoviária, portuária, de telecomunicações”. Ele citou a Reforma Tributária como um avanço.

Para Lopes a indústria é a responsável por puxar todos os outros setores econômicos para o pleno desenvolvimento. “Ela é capaz de agregar valor e produzir mais riqueza, para que ela possa chegar ao bolso das pessoas, das famílias. Através dessa reindustrialização, desse ganho de produtividade, de competitividade é que o Brasil, na minha opinião, vai vencer o seu maior desafio desse século, que é aumentar a renda per capita dos trabalhadores brasileiros”.

“Não existe nação, em hipótese alguma, sem uma indústria nacional competitiva e forte, com presença nacional, que possa conquistar o mundo, que possa vender para o mundo com valor agregado”, afirmou Reginaldo.

Inteligência artificial

Reginaldo Lopes citou ainda a regulação da inteligência artificial como um desafio, mas que é preciso atuar fortemente na matéria. “Ela deve ser o instrumento de ganho de produtividade, de produção de riquezas para melhorar a vida do povo brasileiro. Jamais uma regulação pode impedir a inovação. Será com a inovação, com a modernidade, com a economia digital, com esse ganho que vamos de fato nos tornar uma grande Nação”.

Ele defendeu que é preciso romper com a “república primária exportadora” que o Brasil se tornou nos últimos 40 anos.  “Para isso, a inovação, a inteligência das coisas, a modernização do nosso sistema tributário e, também, o rompimento dos gargalos do Custo Brasil são os fatores que irão projetar o Brasil para o mundo. Assim, voltaremos a ter a presença que já tivemos no passado, antes das décadas de 70 e 80, na indústria da transformação e no PIB mundial”.

 

Lorena Vale

 

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Last Update: 25/03/2025