
A oposição pretende contratar uma nova pesquisa para avaliar o impacto da denúncia por tentativa de golpe contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o levantamento só deve ocorrer dentro de um mês, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O intervalo será maior porque a última pesquisa, que analisou o desempenho eleitoral do ex-capitão e de outras lideranças da direita, foi divulgada na manhã de terça-feira (18), no mesmo dia em que Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O PL, partido do ex-presidente, tem encomendado pesquisas regularmente para testar o nome de Bolsonaro, mesmo estando inelegível. Além disso, as sondagens incluem outros expoentes da direita, como Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
A denúncia
A PGR apresentou, na última terça-feira (18), a primeira denúncia contra Bolsonaro e mais 33 pessoas, acusando-os de articular um golpe de Estado após a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ainda deve protocolar novas denúncias relacionadas à tentativa de golpe nas próximas semanas. A decisão da PGR foi fatiar a análise do caso pelos núcleos da investigação.

Com a divisão da denúncia em diferentes núcleos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) esperam que o julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma seja concluído até o fim do ano, evitando que o caso se arraste até 2026, ano eleitoral.
Agora, o STF analisará se aceita ou não a denúncia da PGR. Caso seja aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus, e apenas depois o mérito da acusação será julgado. Se condenado, o ex-presidente pode pegar até 39 anos de prisão.
Bolsonaro responde por cinco crimes: liderar organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além da deterioração de patrimônio tombado.
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