O novo levantamento do AtlasIntel, divulgado nesta terça-feira 8, testou o desempenho do atual presidente Lula (PT) em eventuais disputas de segundo turno contra nomes da direita em 2026. A conclusão é de que o petista tem vantagem numérica contra quase todos os candidatos. A única exceção é Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.
Segundo a pesquisa, a maior vantagem se dá em um eventual segundo turno do petista contra o governador Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul. Recém-chegado ao partido, o ex-tucano tenta se cacifar como o escolhido pela direita para concorrer em 2026. Se a empreitada chegar ao segundo turno, porém, tudo indica que será derrotada com facilidade. Veja:
- Lula (PT) – 47%
- Eduardo Leite (PSD) – 23,9%
- Branco/Nulo/Não sei – 29%
A segunda maior vantagem para Lula seria contra outro governador: Ronaldo Caiado (União), de Goiás. O político da direita, nos últimos meses, tem radicalizado discursos em busca do apoio do bolsonarismo em 2026. A empreitada, porém, seria derrotada com mais de dez pontos de vantagem:
- Lula (PT) – 47,8%
- Ronaldo Caiado (União) – 35,3%
- Branco/Nulo/Não sei – 17%
Em seguida, outros dois governadores aparecem com desvantagem pouco menores. São eles: Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR). O governador mineiro seria derrotado por uma diferença de 9,4 pontos percentuais (48% x 38,6%), enquanto o paranaense seria superado por 8,3 pontos (47,3% x 39%).
Obstáculos
Segundo o levantamento, as candidaturas de Michelle Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) se apresentam como obstáculos para Lula em um eventual segundo turno. A dupla está em desvantagem numérica, mas com uma distância dentro da margem de erro – um empate técnico, portanto. Confira:
Lula x Michelle
- Lula (PT) – 48%
- Michelle Bolsonaro (PL) – 47,5%
- Branco/Nulo/Não sei – 4,5%
Lula x Tarcísio
- Lula (PT) – 47,6%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 46,9%
- Branco/Nulo/Não sei – 5,5%
Jair Bolsonaro, por fim, teria vantagem numérica de 0,8% contra Lula – um empate técnico – em um eventual segundo turno. O ex-capitão, porém, precisaria reverter um complexo processo de inelegibilidade para poder participar da disputa.
A pesquisa
A pesquisa, realizada em parceria com a Bloomberg, ouviu 2.621 eleitores entre os dias 27 e 30 de junho, pelo método do recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de dois pontos percentuais.