Em nova pesquisa da Quaest, 47% dos entrevistados afirmaram ser contra a redução das penas prevista no Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, aprovado pela Câmara. Já 24% disseram apoiar exatamente a diminuição proposta, enquanto os 19% declararam ser favoráveis a reduções ainda maiores. Outros 10% não souberam ou preferiram não responder. A proposta busca ajustar as condenações e as penas recentemente aplicada aos manifestantes a favor do bolsonarismo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já aprovada pela Câmara dos Deputados e atualmente em discussão no Senado Federal.
A situação em que se encontra a opinião pública revela uma profunda polarização política que continua, apesar da prisão do ex-presidente e de seus apoiadores.
O levantamento também investigou a percepção dos eleitores sobre a motivação da aprovação do projeto. Para 58% dos entrevistados, o Projeto de Lei da Dosimetria teria sido aprovado com o objetivo específico de reduzir a pena de Bolsonaro. Apenas 30% acreditam que a proposta visa diminuir as penas de todos os condenados de forma geral. Outros 12% não souberam ou não responderam.
Entre os que defendem a anistia para todos os condenados, incluindo Jair Messias Bolsonaro, o índice chegou a 36%, um ponto percentual acima do levantamento anterior, também dentro da margem de erro. Já a parcela que apoia uma anistia restrita apenas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro subiu de 8% para 10%.
Além da proposta da dosimetria, a Quaest voltou a analisar e medir a opinião pública sobre a possibilidade de anistia aos condenados pela tentativa de golpe. Os resultados indicam que a rejeição segue majoritária: 44% dos entrevistados se disseram contrários a qualquer tipo de anistia, uma queda em relação aos 47% registrados em outubro.