Neste domingo (27), o jornal britânico The Times publicou os resultados de uma pesquisa feita pelo instituto YouGov. Nela, o instituto constatou que o líder de esquerda Jeremy Corbyn é mais popular que o primeiro-ministro Keir Starmer entre jovens de 18 a 24 anos. 

Apesar de tentar minimizar a popularidade de Corbyn entre o jovens, falando que ele é impopular entre demais eleitores, a pesquisa acaba constatando que Keir Starmer é impopular entre todas as faixas do eleitorado e que sua popularidade caiu no decorrer do último ano (ele assumiu o posto de primeiro-ministro em julho de 2024).

A pesquisa encomendada pelo Times constata ainda que “candidatos independentes pró-Gaza tiveram melhor desempenho no ano passado em áreas com alto número de eleitores de 16 e 17 anos, e há sinais de que as mulheres jovens, em particular, estão se inclinando para a esquerda”.

Tentando contornar a crise do Partido Trabalhista (e, consequentemente, do imperialismo britânico), o governo Starmer havia anunciado no início do mês que daria o direito de voto a 1,6 milhão de jovens de 16 e 17 anos na próxima eleição. Contudo, o crescente apoio da juventude a Corbyn e ao novo partido aumentaram as preocupações do imperialismo.

Corbyn já foi líder do Partido Trabalhista britânico, mas foi perseguido pelo imperialismo britânico em razão de seu apoio à Palestina, perseguição que resultou, a primeiro momento, em sua suspensão do partido e depois em sua expulsão, que ocorreu em 2024.

Keir Starmer, por sua vez, sucedeu Corbyn como líder do Partido Trabalhista, ocupando essa posição desde 2020. Starmer é o atual primeiro-ministro do Reino Unido, e um representante do imperialismo.

Atualmente, Jeremy Corbyn está fundando um novo partido de esquerda. Em oposição ao Partido Trabalhista, que é um dos partidos do imperialismo britânico, o novo partido de Corbyn tem como políticas centrais a oposição à política neoliberal, bem como contra “Israel” e o genocídio contra a Palestina. 

Isto é, o novo partido de esquerda surge em oposição ao imperialismo britânico.

Conforme já noticiado por este Diário, centenas de milhares já assinaram adesão ao novo partido: ao fechamento desta edição, 500 mil já tinham assinado, conforme informado por Jeremy Corbyn em sua página do X. 

Dentre esse total estão mais de 2.000 sindicalistas representando os principais sindicatos da Inglaterra, o que mostra que a classe operária britânica está rompendo com o Partido Trabalhista. Este, por sua vez, precisa do apoio e da classe operária para que seja um instrumento do imperialismo para manter a estabilidade do atual regime político. 

De forma que o rompimento da classe operária britânica com o Partido Trabalhista, ao mesmo tempo em que conflui para o novo partido, mostra a crescente crise do regime imperialista do Reino Unido, que poderá ser um terremoto político no período próximo.

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Last Update: 29/07/2025