A antropóloga, historiadora e membra da Academia Brasileira de Letras Lilia Schwarcz usou as redes sociais para criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após o parlamentar afirmar que os atos terroristas promovidos por bolsonaristas em 8 de janeiro não poderiam ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado. A imortal afirmou que Motta “deve ter perdido aula de história” e disse que ele sofre de amnésia seletiva. Confira:
Começou muito mal o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que afirmou nesta sexta-feira (7) que os atos golpistas do 8 de janeiro foram uma “agressão inimaginável” às instituições, mas não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado.
Na entrevista que deu a uma rádio da Paraíba, Motta foi questionado sobre o projeto de lei que dá anistia aos condenados pelos ataques que depredaram a sede dos três Poderes. Pois bem, o atual presidente da Câmara buscou jogar a culpa em pessoas isoladas e desmerecer o evento em si.
Disse ele “Ali foram vândalos, baderneiros que queriam, com a inconformidade com o resultado da eleição, demonstrar sua revolta. Achando que aquilo poderia resolver talvez o não prosseguimento do mandato do presidente Lula”
Agora, na definição do parlamentar não houve golpe pois não existiu um líder e tampouco os militares estavam comprometidos com o ato.
Penso que Motta faltou na aula de ciência política e de “atualidades”.
Primeiro: um golpe só deixa de ser golpe quando se realiza. Até então é um golpe e foi o que ocorreu em 8 de janeiro.
Segundo, as delações vão deixando claras as correlações de militares com o golpe e como seu verdadeiro líder atende pelo nome de Jair Bolsonaro.
A não ser que o político sofra de amnésia seletiva, é isso que todos e todas nós temos lido, estarrecidos.
O certo é que Motta acena para a direita e já avisou que 8 anos de ilegibilidade é tempo demais. Deve ter faltado na aula de matemática também.
De olho nele!
Confira:
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