Pequim exige respeito às decisões eleitorais na Venezuela

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, declarou que a comunidade internacional deve respeitar os resultados das eleições presidenciais realizadas na Venezuela, que resultaram na eleição de Nicolás Maduro e foram validados pelo Tribunal Supremo de Justiça do país.

A informação foi divulgada pela teleSur na segunda-feira (26).

“Todas as partes devem respeitar a escolha feita pelo povo venezuelano e respeitar o direito da Venezuela de escolher seu próprio caminho de desenvolvimento. O governo e o povo venezuelanos são capazes de lidar com seus assuntos internos”, afirmou o porta-voz do ministério, Lin Jian.

A declaração reflete o compromisso da China com a soberania e autodeterminação da Venezuela, posição esta que também foi reforçada pelo chanceler venezuelano, Yván Gil Pinto.

O presidente da China, Xi Jinping, já havia parabenizado o chefe do Executivo venezuelano, Nicolás Maduro, pela reeleição, destacando os avanços obtidos sob a liderança dele.

Xi ainda reafirmou o compromisso com a cooperação bilateral entre os dois países, após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarar Maduro como vencedor das eleições presidenciais.

“China e Venezuela são amigos de confiança mútua e parceiros no desenvolvimento conjunto”, enfatizou o presidente chinês na ocasião.

Xi também reiterou o apoio à soberania nacional e à estabilidade social da Venezuela, manifestando-se contra interferências externas.

A posição da chancelaria chinesa contrasta claramente com a dos Estados Unidos, que trabalham para subverter o resultado do pleito e emplacar um aliado na Presidência da Venezuela.

Desde a eleição de Hugo Chávez, em 1988, os EUA tentam mudar os rumos políticos do país, que declarou o objetivo de construir um regime socialista.

Estima-se que ocorreram pelo menos sete tentativas de golpe do Estado contra as lideranças chavistas, a primeira delas em abril de 2002 contra o próprio Hugo Chávez.

O que está em jogo é o direito do povo venezuelano decidir por conta própria o seu destino.

Os imperialistas de Washington tratam os países da América Latina e Caribenha como um quintal próprio e são useiros e vezeiros em intervenções golpistas.

O Brasil já foi vítima dessas ingerências imperialistas, durante o golpe militar de 1964 e também, de forma mais sutil e mascarada, em 2016, pois espionou a presidenta Dilma Rousseff e manipulou a Operação Lava Jato para abrir caminho ao golpe travestido de impeachment.

Infelizmente o governo brasileiro ainda não percebeu o que está em jogo e, pressionado pela mídia burguesa, permanece praticamente isolado em cima do muro, protelando o reconhecimento do resultado proclamado pela corte suprema de Justiça da Venezuela.

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