Pequim condena veementemente medida alemã contra Huawei

Um porta-voz da Embaixada da China na Alemanha expressou forte insatisfação e oposição resoluta à decisão da Alemanha de eliminar gradualmente os equipamentos de telecomunicações da Huawei e da ZTE de sua rede 5G, alertando que a medida prejudicará seriamente a confiança mútua entre os dois lados e afetará a futura cooperação entre a China e a UE nos campos relevantes.

Especialistas chineses disseram que a decisão da Alemanha sugere que está sob maior pressão dos EUA e da UE, alertando que a remoção de componentes chineses de sua rede 5G terá custos significativos e prejudicará o desenvolvimento das comunicações do país.

A Reuters informou que, sob o acordo preliminar impulsionado por “considerações de segurança”, o governo alemão e as operadoras de telecomunicações do país concordaram, em princípio, em retirar os componentes fabricados por empresas chinesas da rede sem fio 5G do país durante os próximos cinco anos.

Em resposta, o porta-voz disse que a Huawei, a ZTE e outras empresas de comunicação chinesas têm operado na Alemanha em conformidade com a lei, contribuindo positivamente para o processo de digitalização alemão.

A questão do 5G da Huawei e da ZTE é essencialmente um comportamento de países individuais para suprimir seus concorrentes além do limite, a fim de salvaguardar sua própria hegemonia científica e tecnológica, disse o porta-voz, observando que o suposto risco de segurança cibernética nada mais é do que um pretexto. De fato, nenhum país até agora produziu qualquer evidência conclusiva da existência de riscos de segurança nos equipamentos de empresas chinesas, acrescentou o porta-voz.

“O anúncio da decisão relevante pelo lado alemão no momento da Cúpula da OTAN em Washington fez com que a China questionasse seriamente a independência de sua tomada de decisão”, observou o porta-voz.

“O movimento da Alemanha pode ser visto como uma politização da cooperação econômica, já que o país agora enfrenta mais pressão dos EUA e da UE”, disse Sun Yanhong, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais, ao Global Times.

A abertura é mútua, e a construção do 5G na China sempre esteve aberta a empresas europeias, como Nokia e Ericsson, e nunca as viu como uma ameaça à segurança. A medida da Alemanha é uma discriminação política descarada, que prejudica seriamente a confiança mútua entre os dois lados e também afetará a futura cooperação entre a China e a UE nos campos relevantes, disse o porta-voz.

Sun observou que a infraestrutura digital da Alemanha é relativamente atrasada, enquanto os equipamentos da Huawei e da ZTE são líderes em termos de tecnologia, soluções integradas e produtos econômicos.

“O custo da transição deverá ser significativo, o que limitará o desenvolvimento de todas as áreas da economia digital do país, incluindo condução inteligente, saúde inteligente e fábricas de automação”, alertou o especialista.

Os lados alemão e europeu não podem, por um lado, exigir concorrência justa e, por outro, discriminar empresas de outros países com base em supostos riscos de segurança não fundamentados, disse o porta-voz.

Se as questões relevantes podem ser tratadas de maneira justa e imparcial é um teste decisivo do ambiente de negócios da própria Alemanha. Até lá, não apenas a cooperação econômica e comercial normal entre os dois países será afetada, mas também a confiança dos investidores estrangeiros na Alemanha. A China tomará as medidas necessárias para salvaguardar os interesses legítimos das empresas chinesas, observou o porta-voz.

Não apenas a Alemanha, mas também vários outros países europeus enfrentam o desafio de equilibrar o uso de equipamentos da Huawei e da ZTE para impulsionar o desenvolvimento de suas redes 5G e infraestrutura digital com a resposta às pressões dos EUA e da UE, disse Sun.

A China espera que a Alemanha respeite os fatos e tome decisões razoáveis, e insta o país europeu a fornecer um ambiente de mercado justo para empresas de todos os países, incluindo empresas chinesas, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma coletiva de imprensa.

Via Agência de Notícias

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