Pequim amplia apoio a projetos e financiamento para reativar investimentos

O governo chinês sinalizou um forte movimento de política econômica para estabilizar e reativar investimentos, diante de uma queda sustentada nas aplicações em ativos fixos ao longo de 2025.

De acordo com a agência chinesa Xinhua, os dados oficiais mostram que o investimento em ativos fixos na China recuou 2,6% nos primeiros 11 meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, em meio a um cenário externo complexo, retorno mais baixo sobre investimentos e menor dinamismo econômico global.

Os números foram divulgados durante a Central Economic Work Conference, realizada em Pequim entre os dias 10 e 11 de dezembro, onde líderes do Partido Comunista e economistas definiram prioridades econômicas para o fim do ano e para a transição ao 15º Plano Quinquenal (2026–2030).

Segundo o relatório da conferência, as medidas para reverter esse quadro passam por ampliar o investimento do orçamento central, aperfeiçoar o uso de títulos especiais emitidos por governos locais e intensificar instrumentos financeiros com respaldo político, como fundos e mecanismos de crédito para projetos estratégicos. Essas ações visam especificamente estimular a iniciativa privada, cuja confiança foi abalada nos últimos trimestres.

O evento também ressaltou a importância de projetos de alta qualidade alinhados com prioridades nacionais, especialmente aqueles que se vinculam às metas de inovação tecnológica, infraestrutura crítica e criação de um mercado nacional unificado.

A liderança econômica enfatizou que reforçar a confiança do setor privado e facilitar a participação de capital privado em grandes projetos públicos são fatores essenciais para liberar o potencial da demanda interna.

Especialistas destacam que, apesar da queda do investimento geral, setores de alta tecnologia continuam mostrando crescimento rápido, sinalizando áreas de vigor econômico emigrando para segmentos de maior valor agregado.

Para garantir que essa tendência se mantenha, autoridades defendem reformas nos mecanismos de financiamento e investimento, incluindo a remoção de barreiras que limitam o acesso do capital privado.

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