Por Luís Silva
O debate precisa ser transparente, mas antes de responder a essa pergunta há uma outra questão.
Dentro da comunidade judaica nascida ou naturalizada aqui, quem apoiou ou ainda apoia o bolsonarismo?
É claro que não se pode mencionar a multidão da Hebraica do Rio, que em 2017 ganhou notoriedade nacional e internacional, ao acolher o “mito” e aplaudi-lo com ultrarreacionarismo frenético.
Nem tem relação repisar o notório nome do ex-titular da Secom e atualmente advogado do golpista mor.
Tampouco cabe lembrar o embaixador de Israel, com quem o inelegível compartilhou um encontro obscuro no Congresso, para ambos tergiversarem sobre o genocídio em curso na Palestina.
Aqui, certamente vale sugerir alguns líderes judeus do high society corporativo, cujos nomes aparecem frequentemente na mídia e na web.
Sionistas intransigentes, estes empresários devem explicar como não viram (não mesmo?) o componente antissemita do movimento bolsonarista ao qual aderiram.
No plano bolsonarista de golpe e atentados recentemente divulgado, a PF identificou uma troca de mensagens de WhatsApp muito emblemática. Ela aludia a “Campos de Prisioneiros de Guerra” ou “CPG”. Caso o golpe fosse bem-sucedido, CPG seriam estabelecidos para prender os inimigos.
Segundo matéria de O Globo de 27/11/24, estes CPG seriam montados no estilo “Auschwitz”, postou o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos indiciados.
Pois é, nossos judeus ricaços repetem a saga da judia italiana Margherita Sarfatti.
Expoente da burguesia de Veneza, ela foi mentora e amante de Mussolini, ajudando-o a criar e impulsionar o fascismo, até a hora em que este assumiu seu antissemitismo.
Seu exemplo pérfido, maligno e letal volta a assombrar no impulso viscoso que tais cidadãos corporativos dão ao bolsonazismo.
Que sejam inapelavelmente repudiados!