O quinto e último debate entre os candidatos a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores que disputam o Processo de Eleição Direta – PED 2025 foi realizado na noite desta sexta-feira (27), na cidade de São Paulo.
Os quatro candidatos que disputam a presidência nacional do Partido marcaram presença no debate: Edinho Silva (nº 180), Romênio Pereira (nº 150), Rui Falcão (nº 130) e Valter Pomar (nº 120).
O debate ocorreu na sede do Diretório Estadual do PT-S, na capital paulista, e foi mediado pela dirigente nacional do PT, Juvandia Moreira. O presidente do PT-SP, deputado federal Kiko Celeguim, fez a abertura oficial do evento. “Pela qualidade dos quadros que disputam a presidência nacional, o PT estará em boas mãos independentes do resultado do PED”, ressaltou.
O debate em São Paulo seguiu o mesmo formato dos quatro eventos anteriores.
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O primeiro bloco de debate que envolve a apresentação de propostas pelos candidatos teve a seguinte ordem de falas definida por sorteio: Romênio Pereira, Edinho Silva, Rui Falcão e Valter Pomar.
Romênio Pereira afirmou que sua candidatura nasceu de uma ideia, de um projeto com base nas raízes das lutas da classe trabalhadora. Ele reafirmou também a sua defesa da priorização pela direção nacional do PT aos pequenos e médios municípios. “Eu andei muito por esse país e tenho usado um tema que a minha vida é andar por esse país. A direção nacional precisa olhar com carinho para esses municípios”. Ele também defendeu a democratização do fundo eleitoral no partido.
O candidato também fez um alerta sobre os entraves enfrentados pelo governo Lula. “Ou o governo muda, ou o povo muda de governo. E estar ao lado do governo não significa concordar com tudo a qualquer preço, o PT precisa ser um partido que paute o governo para fazer mais e melhor para o povo brasileiro”, destacou.
Edinho Silva reforçou a importância do Processo de Eleição Direta para o futuro do PT, já que os dirigentes que foram eleitos têm a missão de organizar o partido no pós-Lula. “Teremos que construir um partido que, mesmo sendo ainda influenciado pelo legado do presidente Lula, ele não mais estará nas urnas quando enfrentarmos dificuldades de organização, quando enfrentarmos dificuldades de debate na sociedade”.
Edinho também falou da tarefa do PT para derrotar o fascismo no Brasil e citou os avanços da ultra direita em todo o mundo. Para isso, segundo ele, o PT tem que se reorganizar e que será necessário convocar a realização de um Congresso para fortalecer as instâncias partidárias. “O partido vive um processo de desorganização onde os mandatos parlamentares substituíram as instâncias e isso não pode continuar”, ressaltou.
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O candidato Rui Falcão citou a gravidade da atual conjuntura nacional e a derrota sofrida pelo governo Lula no Congresso com relação ao aumento do IOF. “A derrota que nos impôs na noite de terça-feira, revogando o aumento do IOF, revela claramente que um grande bloco conservador está se formando contra nós, incluindo partidos da base aliada”.
Rui afirmou que é preciso que o PT se mobilize e lembrou da força e da generosidade da militância petista nesses momentos de crise. “Essas horas difíceis do PT foram uma militância aguerrida e generosamente que nos ofereceram o caminho. Nos mostramos o caminho na recusa ao colégio eleitoral, nos mostramos o caminho na defesa do presidencialismo contra o parlamentarismo. Agora, cabe a essa militância votar pela mudança de rumo do nosso partido, quando já são evidentes os sinais de esgotamento e falência”, disse.
Valter Pomar também citou a atual conjuntura e o cenário político que o governo Lula e o PT enfrentam e afirmou que é preciso ter uma mudança. “Mudar porque essa política está dando errado, visivelmente ela está dando errado. contra o fascismo, ela vem dando parcialmente certo, porque nós estamos conseguindo julgar, vamos conseguir condenar e vamos conseguir prender o cavernícola e sua quadrilha. Acontece que entre o céu e a terra existem mais direitos do que a nossa imaginação pode suportar”.
Segundo ele, não é possível manter ministros representantes de partidos políticos que votam contrariamente ao governo Lula no caso da IOF. “É óbvio que essa derrota foi praticada pela direita gourmet, pelo Centrão e por uma parte substancial da base do nosso governo. Todas as pesquisas desde o início do ano mostram que há uma corrosão na nossa base eleitoral e vários partidos de direita com ministros no governo já anunciaram publicamente que nos trairão em 2026”, destacou.
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No segundo e terceiro blocos de debate, os candidatos à presidência nacional responderam a duas perguntas feitas por militantes petistas presentes, que foram devidamente sorteadas pela mediação do evento, sendo uma de autoria de uma mulher e a outra de um homem. As perguntas fizeram questionamentos sobre a estratégia para o fortalecimento do PT nas cidades mais populosas e sobre a posição do partido com relação às derrotas sofridas pelo governo Lula no Congresso e se seria o caso de abrir discussão para reforma política e uma Constituinte.
Os quatro candidatos, de acordo com a ordem do sorteio, responderam às perguntas em um tempo de 5 minutos.
No terceiro e último bloco, todos os quatro candidatos tiveram 5 minutos para fazerem as suas considerações finais e pedirem o voto da militância em suas candidaturas.
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