Durante a reunião de cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, o Partido da Causa Operária (PCO) realizou importantes atividades políticas em defesa do povo palestino e pela derrota da ditadura sionista. Em dois momentos marcantes, o partido expressou sua posição revolucionária de solidariedade internacionalista: organizando um encontro do chanceler do Irã Abbas Araghchi com o rabino norte-americano antissionista Yisroel Dovid Weiss, representante da organização judaica Neturei Karta, e em um ato na Cinelândia, centro do Rio, também com a presença do rabino Weiss, em defesa da Palestina e do Irã.
As ações reforçam a posição do PCO como o partido brasileiro mais consequente na luta contra o sionismo, que ocupa e massacra a Palestina há mais de 75 anos com apoio do imperialismo mundial. Ao mesmo tempo, as atividades demonstram o fortalecimento dos vínculos internacionais do partido com países e movimentos que enfrentam o domínio imperialista e lutam por sua soberania.
O ato em defesa da Palestina, organizado em conjunto com a presença do rabino Yisroel Dovid Weiss, foi realizado em frente às escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O rabino é uma das figuras mais conhecidas mundialmente entre os judeus haredi, praticantes ortodoxos da fé judaica, o que os torna naturalmente antissionistas.
Há 19 anos, Weiss se notabilizou por se basear nos textos sagrados do judaísmo para vaticinar: “seria proibido para nós [judeus] ter um Estado, mesmo que fosse em uma terra desolada e desabitada”. Na manifestação ocorrida na Cinelândia, portava uma faixa com os dizeres: “o judaísmo condena o Estado de ‘Israel’ e suas atrocidades”, além de palavras de ordem exigindo a libertação de toda a Palestina e condenando os crimes sionistas em Gaza.
Ao lado do rabino, militantes do PCO e de outras organizações ergueram bandeiras da Palestina, faixas denunciando o genocídio e também exibiram cartazes com palavras de ordem como “Viva a resistência palestina!” e “Fora o imperialismo do Oriente Médio”. A manifestação reuniu ativistas, estudantes, sindicalistas e membros de coletivos da esquerda que se opõem ao massacre sionista e à política criminosa do imperialismo norte-americano.
Durante o ato, o rabino Weiss discursou e destacou que o Estado de “Israel” não representa o povo judeu. Ele lembrou que, por séculos, judeus e palestinos viveram juntos em paz, e que a ideologia sionista — criada no século XIX — é uma perversão do judaísmo tradicional. “O sionismo é uma ideologia nacionalista e racista que se opõe aos ensinamentos da Torá”, afirmou Weiss.
Além das ações de rua, o PCO foi convidado para uma reunião oficial com o vice-chanceler da República Islâmica do Irã, Abbas Araghchi. O encontro ocorreu em um dos hotéis que serviram de sede paralela às delegações estrangeiras que vieram ao Brasil para o BRICS. A reunião contou com a presença do membro da direção nacional do partido Antônio Carlos, e de Adriana Machado, da Secretaria de Relações Internacionais do PCO.
Durante o encontro, os representantes do PCO expressaram solidariedade com o povo iraniano diante das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e o cerco promovido pelo imperialismo. Os dirigentes do partido também elogiaram a postura do Irã de apoio à resistência palestina e a sua posição de enfrentamento às potências imperialistas.
O encontro também abordou o fortalecimento de relações futuras entre o partido e as instituições iranianas. Antônio Carlos convidou o chanceler para futuras atividades no Brasil voltadas à solidariedade com a Palestina, além de propor a ampliação do intercâmbio político com setores do Irã que se opõem ao sionismo e defendem a soberania nacional frente ao imperialismo.
A presença do rabino Yisroel Dovid Weiss, com seu cartaz denunciando “Israel”, contrastou com o silêncio cúmplice da imprensa e dos governos imperialistas criminosos, cúmplices dos mais de 50 mil mortos em Gaza desde o início do genocídio sionista.
As atividades do partido durante o BRICS revelam um caminho necessário para a esquerda: fortalecer a unidade dos povos oprimidos contra o imperialismo e retomar a mobilização popular, visando a solidariedade concreta com palestinos e iranianos.