Mais de 150 delegados de todas as regiões do País participam, neste domingo (21), da 36ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária (PCO), em Araçoiaba da Serra (SP), debatendo a situação política e deliberando sobre a intervenção do PCO nas eleições.
Campanhas
Em meio ao avanço da crise do imperialismo e em nosso País, os delegados discutirão, segundo informou a Direção do PCO a este Diário, importantes campanhas na próxima etapa:
- Participar, junto com outras organizações da esquerda e de luta pelos direitos democráticos, da organização de Seminários sobre o agravamento da crise internacional que colocam todo o mundo sob a crescente ameaça de guerras de grandes proporções e novos golpes contra os regimes que se opõem ao imperialismo, sob o tema “O imperialismo e os golpes de Estado, ontem e hoje“, com etapas estaduais e nacional, a partir do mês de agosto;
- Intensificar a campanha Em Defesa da Palestina, incluindo a realização de atos nas capitais na segunda quinzena de agosto;
- Intervir nas eleições municipais com candidaturas próprias – a prefeito e vereadores – em mais de 50 cidades, de Norte a Sul do País, incluindo a maioria das capitais e algumas dezenas de cidades do interior; tendo como centro a defesa das reivindicações dos trabalhadores diante da crise e a defesa da necessidade da luta por governos dos trabalhadores da cidade e do campo, para as cidades e para o País.
Democracia operária
Mais uma vez, o PCO dá exemplo de democracia operária. De forma distinta de todos os partidos do País, inclusive os da esquerda parlamentar, vai aprovar sua política mediante amplo debate entre os militantes e com base no programa do Partido, e não em mesquinhos interesses locais ou no tradicional “vale-tudo” das eleições.
Com base da discussão realizada na 35ª Conferência, no começo do ano, e, depois, de um amplo debate interno, o Partido chega ao encontro nacional para aprovar os eixos comuns do programa de luta que o Partido vai apresentar nas eleições, que serão complementados com aspectos específicos de cada uma das cidades nas conferências/convenções locais, com base na política geral deliberada.
Também serão aprovados a política eleitoral, os compromissos dos candidatos com o Partido e com a luta dos explorados e a tática eleitoral, incluindo as pouquíssimas propostas de alianças locais com o PT e outros partidos de esquerda, em cidades com candidaturas representativas da luta dos trabalhadores e que sirvam para impulsionar esta luta e a mobilização contra toda a direita.
Tribuna de luta
A campanha do PCO vai ser uma tribuna de luta e, ao mesmo tempo, busca educar uma parcela cada vez mais ampla dos trabalhadores e da juventude no sentido de que a solução efetiva dos seus graves problemas virão da sua luta, com a derrubada do poder político da burguesia, por meio da revolução e da conquista do governo dos trabalhadores da cidade e do campo e do socialismo.
O Partido deve ter candidaturas próprias na maioria das capitais, bem como em dezenas de cidades do interior.
Estão indicados pelas instâncias municipais e estaduais do Partido candidatos representativos da luta dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos negros e dos índios, tais como João Pimenta, da juventude do PCO, liderança da campanha de defesa da Palestina; Lourdes Francisco, ex-ativista do Movimento por Atingidos por Barragens (MAB) à prefeitura de Belo Horizonte; o cipeiro da CSN, negro, “Jamaica”, como candidato a prefeito de Volta Redonda; os índios guaranis Daniel Leme e Valderi, como candidatos a prefeito de Dourados e Amambaí (ambas no Mato Grosso do Sul), dentre muitos outros.
Nas próximas edições, vamos dar destaque às decisões e candidaturas aprovadas aqui neste Diário.