Os efeitos do tarifaço sobre exportações brasileiras impostas pelo governo de Donald Trump atinge diretamente cadeias produtivas estratégicas para Minas Gerais. O presidente do Conselho Tributário da Fiemg, Edwaldo Almada (foto/reprodução internet), disse que “estamos diante de uma medida que penaliza de forma desproporcional a pauta exportadora mineira. Produtos como café, carne e etanol continuam sujeitos a tarifas que comprometem a competitividade internacional. A FIEMG reforça a necessidade de ação diplomática urgente do governo federal para preservar os empregos e a arrecadação ligados a esses setores”. Pelos levantamentos da Fiemg, “teremos perdas bilionárias para os PIBs de Minas e do Brasil. Mesmo com a exclusão de alguns produtos como petróleo e aeronaves, anunciada ontem pelo governo norte-americano, as cadeias agroindustriais mineiras permanecem vulneráveis e precisam de resposta imediata”.
Embora o decreto preveja a isenção para 694 produtos totais (de acordo com a classificação norte americana HTSUS), o que equivale a 43% do valor exportado pelo Brasil (US$ 17,3 bilhões), alguns dos setores estratégicos para a economia nacional e para Minas Gerais seguem penalizados. Para Minas Gerais, a medida representa uma isenção que correspondem a apenas 37% pauta exportadora do estado aos EUA (US$ 1,7 bilhão).