Ataque à moeda brasileira
Por [Seu nome], em seu blog
Com o início do semestre, semana, mês, trimestre e semestre, os ativos financeiros brasileiros e emergentes enfrentam um momento difícil. Enquanto os EUA tiveram um semestre exuberante nas bolsas, com o Nasdaq subindo mais de 18%, o S&P 500 subindo 14% e o Dow Jones subindo quase 4%, a Bovespa está na contramão, caindo 7,6% no ano.
A Bovespa subiu 2% na semana, enquanto o real se desvalorizou 15% no ano, sendo uma das piores moedas, perdendo apenas para o iene japonês. Outras moedas emergentes, como o peso mexicano, o peso colombiano, o peso chileno e a lira turca, também estão se desvalorizando.
Apesar do bom momento da economia brasileira, com crescimento de 2,5%, desemprego em 7,1%, inflação convergendo e reservas elevadas, o mercado está muito preocupado com a trajetória futura do arcabouço fiscal, como o governo fechará as contas e quem será o próximo presidente do Banco Central.
O mercado está comprando dólares e enviando recursos para fora do Brasil, o que começa a ter consequências concretas, como o aumento da inflação e a possibilidade de o Banco Central não cortar mais os juros. Hoje, a curva de juros já projeta um aumento de quase 1% na taxa Selic até o final do ano.
Existe uma crise de confiança, um ataque especulativo, no sentido de que há uma expectativa muito negativa, resultando em estratégias de defesa dos portfólios. O governo deveria apresentar um plano crível de como o arcabouço fiscal será sustentável e, eventualmente, o Banco Central poderia intervir.
A arrecadação de junho está bem, com alta de receita, o que pode fechar as contas. No entanto, isso não tem sido suficiente para acalmar o mercado. Além disso, as moedas latino-americanas têm sofrido, especialmente as de países com governos menos pró-mercado, como o México e a Colômbia.
A preocupação com os EUA também influencia, com a taxa de juros de 10 anos perto de 4,50%. Dados da economia americana indicam incerteza sobre quando os juros serão cortados. Ontem, houve uma escalada dos juros para perto de 4,50%, sacrificando as moedas emergentes, especialmente o real.
Até que haja corte de juros nos EUA ou anúncios mais contundentes de controle de gasto e como o arcabouço fiscal funcionará, esse movimento continuará. Existem três elementos que poderiam reverter essa trajetória: corte de juros nos EUA, medidas fiscais críveis no Brasil e intervenção cambial.
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