Neste sábado, dia 3 de agosto, o Partido da Causa Operária (PCO) realizou um ato em homenagem ao líder palestino, Ahmed Khalil, e em defesa da Venezuela.
Khalil foi assassinado pelo Estado de “Israel” na madrugada de 31 de julho, enquanto estava no Irã, em razão da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian. Paralelamente a isso, vê-se a agressão imperialista ao regime político venezuelano, numa tentativa de golpe de estado, colocando estes dois fatos na ordem política do dia.
Pela urgência política, o ato inicial foi realizado no Centro Cultural Benjamin Peret, como um passo organizativo a novas manifestações. A transmissão foi apresentada pelo militante Henrique A. de Araujo, com falas do candidato pelo PCO em São Paulo, João Jorge Pimenta, do representante do Campo Progressista Árabe, Reda Sued, do dirigente do PCO, Antonio Carlos Silva, do representante do IBRASPAL, Ahmed Shehada, com encerramento feito pelo presidente do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta.
A primeira intervenção foi do companheiro João Jorge Pimenta, onde observou que o ato deste dia 3 de agosto, realizado em mais 70 países, foi convocado pelo Hamas, o que foi escondido por um setor da esquerda. Após denunciar essa capitulação política, João encerrou proclamando que “Khalil vive na revolução”.
Reda Sued falou logo em seguida, pelo Campo Progressista Árabe, e elogiou a política internacionalista do PCO, afirmando que o PCO “demonstra o caminho para as forças de esquerda”. Colocando como verdadeira sua empatia com demais povos oprimidos, em luta.
O próximo orador foi Antonio Carlos Silva, o foco principal de sua intervenção foi denunciar o golpe imperialista contra o regime venezuelano. Neste altura, o companheiro criticou as intervenções externas no procedimento exclamando “atas o cacete”.
A intervenção mais demorada foi do presidente do Instituto Brasil Palestina (IBRASPAL), Ahmed Sheheda, um testemunho emocionado da afinidade da situação na Palestina. De início, relembrando um momento com Khalil, ele afirma que “vocês são o Hamas no Brasil”.
A intervenção continuou com a denúncia dos crimes sionistas, que instituíram tortura e estupro de prisioneiros, inclusive utilizando cães para isso. Ainda citou o cenário enfrentado por um parente, que sobrevive a base de tâmaras.
Após denunciar a hipocrisia dos governos e organizações políticas que em nota perdem a libertação de 120 reféns, não mencionando as dezenas de milhares de palestinos cativos, o orador terminou sua fala indicando que logo será indicado um novo presidente no Hamas, o primeiro partido democrático palestino.
O encerramento das intervenções foi realizado por Rui Costa Pimenta, que denunciou os sionistas como assassinos políticos. Ainda ressaltou que o “mundo assiste como se fossem as Olimpíadas, as piores atrocidades possíveis” na Palestina. Rui encerrou o tema Palestina declamando “companheiro irmão Ahmed Khalil”, “50 mil palestinos de Gaza” ao que a audiência respondia presente.
O próximo ponto tocado foi a agressão imperialista na Venezuela, a qual Rui declarou “os norte-americanos estão declarando guerra a Venezuela”. Rui ainda salientou que “o mais grave é a posição do PT”, em não reconhecer imediatamente o resultado do pleito, tornando difícil a luta dos venezuelanos contra o golpe.
Sobre a questão, o dirigente explicou que quem elege o presidente venezuelano é o povo venezuelano. Ratificando que as eleições devem ser feitas pelo regime venezuelano, não cabendo qualquer intervenção externa, o mesmo encerrou sustentando que “a agressão a Venezuela é uma agressão a todos nos”.