Nessa segunda-feira, 1º de julho, um dia após o ato nacional em defesa da Palestina, realizado em São Paulo, a direção do Partido da Causa Operária (PCO) se reuniu. A manifestação, que foi convocada com semanas de antecedência, reuniu militantes e ativistas de todo o País. Vieram para o ato desde militantes da luta pela terra do Amapá, o único estado sem conexão territorial com o restante do Brasil, a militantes do PCO do Rio Grande do Sul, estado devastado pela política neoliberal de Eduardo Leite (PSDB).

O ato foi avaliado como um enorme sucesso. Segundo as estimativas conservadoras informadas pela Polícia Militar, ao menos três mil pessoas teriam passado pela Avenida Paulista durante a manifestação. O ato teve um impacto tal que um dos oradores chegou a dizer que a manifestação havia sido maior que o ato de primeiro de maio, que contou com a participação do presidente Lula.

O sucesso do ato também pode ser avaliado pela repercussão que teve em todo o mundo. Órgãos de imprensa de países em contradição com o imperialismo, como é o caso da Al Jazeera, do Catar, e da Hispan TV, do Irã, dedicaram parte de seu expediente à cobertura do ato brasileiro. No território nacional, órgãos como o Opera Mundi e o Brasil 24 deram destaque à atividade.

Por mais importante e impactante que tenha sido o ato, que contou com dezenas de organizações, que puderam falar livremente no carro de som, a sua importância não está limitada somente ao dia 30 de junho. O ato também foi importante na medida em que se tornou uma alavanca para a mobilização de milhares de pessoas em torno da causa palestina. O ato exigiu a distribuição de cerca de 200 mil panfletos e a colagem de 10 mil cartazes, que foram possíveis graças a dezenas de atividades realizadas por militantes agrupados em São Paulo.

Tudo isso também só foi possível por causa da campanha financeira realizada em torno da atividade. Mais de 1.500 pessoas contribuíram para o ato, possibilitando que caravanas de índios, de sem terra, de sem teto e de militantes de regiões longínquas pudessem estar presentes no ato. Todo esse trabalho atingiu uma grande quantidade de pessoas, fazendo com que a campanha em defesa da Palestina avançasse em todo o País.

Diante do sucesso do ato, após o balanço, a Direção do PCO já começou a esboçar os próximos passos para que a campanha da Palestina avance. Uma vez que já se demonstrou, pelo próprio exemplo prático, que há todo um potencial a ser desenvolvido no movimento de apoio à Palestina, agora o PCO irá convocar, junto aos aliados nessa luta, atos estaduais em defesa da Palestina. Atos que, embora ocorram nas capitais, terão um impacto nacional, pois serão coordenados nacionalmente, assim como aconteceu no ato de 30 de junho.

Os atos ocorreram todos na mesma data. E serão precedidos por uma campanha semelhante, com panfletagens, colagens de cartaz e muita propaganda nas redes sociais, em jornais e em vídeo. A direção do PCO também decidiu realizar dezenas de eventos de lançamento do livro elaborado pelo partido sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), fruto da viagem recente de uma delegação do Partido ao Catar. Os eventos serão parte da mobilização para os atos estaduais.

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Última Atualização: 02/07/2024