Neste 1º de Maio, a partir das 9h da manhã, centenas de manifestantes se reunirão na Praça Oswaldo Cruz, em São Paulo, para participar de um ato de luta convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO). O Partido convoca os trabalhadores de todo o Brasil para fazer do Dia Internacional dos Trabalhadores uma grande manifestação contra a política de colaboração com a burguesia e o imperialismo.

Enquanto as direções pelegas das chamadas “centrais sindicais” — como Força Sindical, UGT, CTB e outras — organizam uma verdadeira festa patronal, com sorteio de carros e shows pagos pelos empresários, é preciso sair às ruas para levantar as verdadeiras reivindicações da classe operária. Este ato independente se contrapõe frontalmente ao teatro montado pela burguesia, que já prepara um movimento que possa ser cooptado para as eleições de 2026.

A tradição de transformar o 1º de Maio em uma comemoração vazia é um retrocesso herdado da ditadura militar. Agora, a Força Sindical, dirigida pelo golpista Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e outras entidades pelegas retomam esse velho projeto, com a cumplicidade da CUT, que mesmo não organizando o evento patronal, aceitou participar como “convidada”, e sem organizar um verdadeiro ato nacional em defesa dos trabalhadores.

O movimento operário brasileiro atravessa um impasse grave. A política de frente ampla, mantida pelo governo Lula ao se aliar com setores da burguesia, vem bloqueando a mobilização popular e entregando as lutas para a direita. Sem romper com a burguesia, o governo se isola de sua base social, enfraquecendo-se diante dos ataques do imperialismo e dos capitalistas.

O problema central não é apenas a luta por reajuste do salário mínimo ou a redução da jornada de trabalho — é como conquistar essas reivindicações. A resposta passa pela independência política da classe operária, pela ruptura com a frente ampla e pela organização de uma luta real contra a burguesia.

Por isso, o PCO e os setores combativos da classe operária convocam todos os trabalhadores a participarem do ato na Praça Oswaldo Cruz. É hora de lutar pelas reivindicações que podem, de fato, enfrentar a crise e organizar a classe trabalhadora:

– Aumento emergencial de 100% do salário mínimo e de todos os salários;
– Redução da jornada para 35 horas semanais, sem redução dos salários;
– Cancelamento da dívida pública e fim do pagamento de juros ao sistema financeiro;
– Exploração soberana do petróleo nacional;
– Estatização do sistema financeiro e das empresas privatizadas;
– Fim da “independência” do Banco Central e redução imediata da taxa de juros;
– Reforma agrária com expropriação do latifúndio.

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Last Update: 27/04/2025