O cardeal Pietro Parolin – Foto: Reprodução

O cardeal Pietro Parolin entra no conclave de 2025 como o principal favorito para suceder o papa Francisco, mas enfrenta algumas tensões internas.

Com uma carreira consolidada na diplomacia vaticana, ele é amplamente reconhecido por sua experiência e habilidade em transitar entre os diferentes grupos dentro da Igreja. Estima-se que ele inicie o Conclave com cerca de 40 votos, mas sua candidatura pode ser impactada por controvérsias, como o caso Becciu e o acordo entre a Santa Sé e a China, que desagradaram ultraconservadores e até mesmo parte dos bergoglianos.

O caso Becciu refere-se ao escândalo que envolveu o cardeal italiano Angelo Becciu, condenado por peculato e fraude em 2023. O membro da Igreja Católica comprou um imóvel de luxo em Londres com dinheiro que teria sido desviado do Óbolo de São Pedro, um fundo destinado a obras de caridade.

Enquanto Parolin lidera as projeções iniciais, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, tem ganhado força. Aos 60 anos, ele se apresenta como uma opção mais jovem, mas com um apelo crescente tanto geograficamente quanto politicamente.

Seu apoio tem se consolidado ao longo das congregações gerais, e ele tem sido considerado um candidato com uma base de apoio ampla, que vai desde os cardeais moderados até os mais reformistas.

O cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém – Foto: Reprodução

Outro nome que tem ganhado destaque é o arcebispo de Marselha, Jean-Marc Aveline. Com um perfil pastoral, ele tem sido mencionado com crescente insistência, especialmente por aqueles que buscam a continuidade das reformas de Francisco, porém com uma abordagem mais conciliadora.

Sua habilidade em se comunicar em italiano e seu tom bem-humorado têm conquistado o apoio de cardeais que preferem uma liderança mais equilibrada e com um espírito conciliador.

Além desses, o cardeal Pablo Virgilio David, das Filipinas, também surge como uma alternativa forte. Com o apoio crescente dos cardeais asiáticos e latino-americanos, David apresenta um perfil que ressoa com aqueles que buscam uma mudança no rumo do papado. Sua ascensão ao longo dos últimos dias faz dele um candidato capaz de unir diferentes regiões do mundo católico em torno de uma nova liderança.

Em uma dinâmica de poder mais complexa, o cardeal Robert Francis Prevost, um americano com vasta experiência na América Latina e na Cúria Romana, continua sendo uma opção sólida, mas mais discreta. Seu pragmatismo e habilidade para formar consensos o tornam uma figura capaz de emergir como um mediador caso a votação se arraste ou entre em impasse, oferecendo um caminho para a Igreja evitar divisões profundas.

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Last Update: 07/05/2025