Além das disputas esportivas, os Jogos Olímpicos também são palco de confrontos geopolíticos. Em 2024, os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e Palestina dominam o tema. Os russos foram banidos dos Jogos, mas Israel disputa as competições, a despeito de ter matado 40 mil palestinos em 10 meses de conflito.
Calcula-se que 342 atletas palestinos estão entre os vitimados por Israel. Esse fato motivou diversas reações na comunidade internacional e nas redes sociais. Analistas questionam se Israel não deveria ser banidos dos Jogos Olímpicos como aconteceu com a África do Sul durante o apartheid.
“Só há 15 atletas representando a Palestina porque Israel (cujo presidente [Isaac Herzog] foi recebido e abraçado hoje por [Emmanuel] Macron em Paris) matou 342 dos seus atletas… Jogos Olímpicos de vergonha ”, diz um usuário do X, que publicou foto dos atletas palestinos.
Na verdade, foram míseros oito.
They are only maybe 15 representing Palestine because Israel (who had their president welcomed and hugged today by Macron in Paris) killed 342 of their athletes in 10,5 months … Olympic Games of shame pic.twitter.com/6Tuomtk1ZM
— ssmuoz (@ZouMSS) July 26, 2024
Conforme o Comitê Olímpico Palestino e a Associação Palestina de Futebol (PFA), cerca de 350 atletas morreram desde 7 de outubro. Só no futebol foram 245. Também morreram 33 treinadores e olheiros e 70 membros de sindicatos desportivos, segundo a agência de notícias turca Anadolu.
❌Fuera genocidas 🩸de la escena de amistad🤝
Los atletas del régimen israelí solo tienen un mensaje y es la guerra, lo cual va en contra del purificado espíritu deportivo y juego limpio, sobre los que se fundaron los Juegos Olímpicos.#BoycottGenocide #Paris2024 pic.twitter.com/1d8UPLm1XX
— HispanTV (@Nexo_Latino) July 27, 2024
Entre as vítimas está o primeiro atleta olímpico e porta-bandeira da Palestina, o corredor de longa distância Majed Abu Maraheel, que morreu de insuficiência renal num campo de refugiados em junho de 2024.
Nos 10 meses de conflito, os bombardeios indiscriminados e a ofensiva terrestre por parte das forças de ocupação israelenses causaram pelo menos 35 mil mortos e 100 mil feridos, enquanto cerca de 10 mil vítimas permanecem não identificadas sob os escombros.
Durante as Olimpíadas, muitos internautas defenderam o boicote à presença da delegação israelense nos Jogos e criticaram a exclusão de atletas russos e bielorrussos como parte da política de sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia. O estado terrorista de Israel sai com sete medalhas. A hipocrisia fede mais que o “despoluído” rio Sena.