
Um projeto da empresa-filha a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) desenvolveu um medicamento quimioterápico para tratar mieloma múltiplo – um tipo de câncer agressivo, porém comum – até 50% mais rápido e mais barato, a partir de uma nova rota sintética.
O tratamento atual para a doença exige o uso de carfilzomibe, cujo frasco custa, em média, R$ 6,5 mil. Em três anos, a terapia exige cerca de R$ 800 mil de gasto por paciente.
Mas o projeto, ainda em fase laboratorial para escalonamento industrial, contém substâncias que aceleram reações químicas, fazendo com que o tratamento seja mais rápido e barato.
Isso porque, em vez de soluções líquidas, a proposta é adotar pequenas esferas de resina que ancoram moléculas durante a síntese e evita processos de purificação, que são demorados. A nova técnica reduz, ainda, o uso de solventes.
Para chegar ao resultado, a Embrapii alavancou R$ 787,5 mil em recursos. A previsão de conclusão dos testes está prevista para o próximo ano.
De acordo com a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), o mieloma múltiplo foi o segundo tipo de câncer de sangue mais comum no mundo e, no Brasil, afeta especialmente pessoas com mais de 65 anos (45% dos pacientes).

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