O monopólio varejista Amazon mantém-se inflexível quanto ao acordo trabalhista com os funcionários da empresa nos EUA, filiados à Irmandade Internacional dos Caminhoneiros. A Amazon Labor Union (ALU), uma união de funcionários em forma de sindicato, exige seu reconhecimento pela empresa para que haja um acordo trabalhista com a categoria. A Irmandade Internacional dos Caminhoneiros pediu aos funcionários que aderissem à greve até quinta-feira.
Os sindicatos alertam sobre os lucros líquidos de mais de 39,2 bilhões de dólares e receitas de 2024 previstas para superar 450,2 bilhões, tornando a Amazon a segunda maior empresa do mundo e a mais lucrativa. Um motorista da Amazon relatou: “muitos de nós não teremos presentes de Natal debaixo da árvore este ano. Os salários que ganhamos trabalhando na Amazon simplesmente não são suficientes para sobreviver na economia de hoje.”
Os armazéns começaram a se mobilizar, com o JKF8 em Staten Island, na cidade de Nova Iorque, informando que estão mobilizados desde sábado (21), juntamente com o armazém em San Bernardino, na Califórnia. Armazéns em locais como Califórnia, Nova Jersey, Connecticut, Illinois, Nova Iorque e outros se posicionarão até quinta-feira (26). A Irmandade Internacional dos Caminhoneiros avalia que este será um teste decisivo para impactar a Amazon onde mais dói, com o sindicato também realizando piquetes em armazéns adicionais da Amazon para impulsionar a mobilização.
Os funcionários do JKF8 se aliaram à ALU, e sua antiga diretoria foi destituída por peleguismo contra a Amazon, o que, segundo os sindicalistas, desarticulou muitas das reivindicações, deixando os funcionários em uma posição ainda mais precária em comparação ao período em que a antiga diretoria estava no comando. O verdadeiro caminho para conquistar sérias reivindicações no movimento operário é por meio da greve.
Os pacotes e os envios deverão sofrer atrasos, principalmente devido à ganância e à truculência da Amazon, que se recusa a reconhecer o acordo sindical. Este movimento dos funcionários tem o potencial de atrasar, no mínimo, 100% o prazo das entregas neste final de ano, e até quinta-feira veremos uma grande ação operária contra a Amazon.