O recente encontro entre autoridades paquistanesas e chinesas em Pequim marca mais que uma visita diplomática: ocorre logo após novo embate com a Índia, no qual Islamabad utilizou armamentos fornecidos por Pequim. A visita sinalizou mais do que diplomacia: reflete a crescente dependência de Asif Ali Zardari (foto/reprodução internet), presidente do Paquistão, do apoio militar chinês e sugere um movimento coordenado frente às tensões no sul da Ásia. A possível formação de um eixo de segurança com a China e o Afeganistão – todos vizinhos diretos ou indiretos da Índia – redesenha o xadrez geopolítico da região. A decisão paquistanesa de não renovar o cessar-fogo com Nova Délhi acende alertas sobre uma escalada. O gesto reforça o papel central da China no reposicionamento geopolítico asiático deixando transparecer, mais do que nunca, que a multipolaridade já é fato, não teoria. Paralelamente, avança a discussão de uma cooperação trilateral em segurança entre China, Paquistão e Afeganistão – todos vizinhos da Índia.
