Papa Leão XIV faz primeira aparição pública no Vaticano. Foto: Yara Nardi/Reuters

O governo brasileiro está empenhado em atrair o Papa Leão XIV como aliado na agenda ambiental, especialmente durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em Belém (PA), conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

A escolha de Robert Prevost, o novo Papa, foi comemorada pelo governo Lula como um sinal de continuidade nas posições do Papa Francisco sobre questões sociais e ambientais. Nos bastidores, um experiente embaixador chegou a chamar Leão XIV de “o primeiro papa amazônico”, devido à sua ligação com a região.

A escolha ocorre em um momento crítico para a COP30, com o governo de Donald Trump atacando a agenda climática e atuando nos bastidores para esvaziar o evento, que será sediado pelo Brasil.

Papa Leão XIV será convidado para o evento em Belém, e, se sua presença for confirmada, a viagem será uma das primeiras como pontífice. A diplomacia brasileira agora espera que o novo Papa ocupe um espaço importante na discussão sobre mudanças climáticas, especialmente no mundo católico, inclusive nos Estados Unidos.

Apesar de ser inegável a diferença no peso, poder e influência entre Trump e Leão XIV, a meta do Brasil é fazer com que a questão climática também se torne uma pauta do mundo católico.

O papel de Leão XIV na causa ambiental

Embora Leão XIV tenha nascido e crescido em Chicago, sua carreira tem uma forte conexão com o Peru e, em especial, com as populações amazônicas.

Como bispo, ele esteve envolvido na organização e proposta de um sínodo da Amazônia, que teve o apoio do Vaticano e ocorreu em 2019. Na época, o governo de Jair Bolsonaro criticou o evento e chegou a acionar a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para monitorar a reunião.

Mesmo após sua atuação na Santa Sé, Leão XIV continuou a defender a causa ambiental. Em 2024, durante um seminário, ele fez um apelo para que o mundo passasse “das palavras à ação” na questão climática.

Sua postura em relação ao meio ambiente se tornou alvo de críticas de movimentos ultraconservadores americanos. Nos últimos dias, influenciadores ligados ao governo Trump o acusaram de “marxista” e de apoiar a agenda “globalista”, especialmente devido ao seu apoio à causa ambiental.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebookhttps://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threadshttps://www.threads.net/@dcm_on_line

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 10/05/2025