
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), campus de Campina Grande, enfrenta uma grave crise de segurança e tensão após dois episódios recentes: o assassinato de um trabalhador dentro da instituição e o surgimento de pichações com símbolos e frases nazistas em suas dependências.
No dia 3 de abril, Keine Santos Diniz, de 41 anos, proprietário de uma copiadora localizada na Central Acadêmica Paulo Freire (CAPF), foi assassinado a tiros dentro do campus. O autor do crime, identificado como Flávio Medeiros, ex-marido da atual companheira de Diniz, invadiu a universidade armado, cometeu o homicídio e posteriormente cometeu suicídio em uma delegacia.
O assassinato ocorreu 3° andar da Central Acadêmica Paulo Freire. Ou seja, o autor dos disparos entrou na faculdade armado, subiu as escadas, atirou e foi embora sem ser abordado pela equipe de segurança. “Entra lá quem quer”, diz uma estudante.
Poucos dias antes do assassinato, paredes da universidade foram pichadas com suásticas e frases de cunho nazista e racista, como “Nós vamos à caça” e “Negros malditos queimem!”. Adesivos “anti-antifascistas” também foram colados sobre artes feministas. Um estudante de biologia de 19 anos, identificado como frequentador de grupos neonazistas, está sendo investigado pela Polícia Federal.
Em entrevista ao ‘UOL’, um professor afirmou que a instituição “virou terra de ninguém”. Em resposta aos acontecimentos, a UEPB suspendeu as aulas até o dia 28 de abril. Estudantes e funcionários expressam preocupação com a segurança no campus e cobram medidas efetivas da administração da universidade.
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