Movimentos palestinos, como Hamas e Fatah, assinam acordo de reconciliação na China; vídeo
Por Sputnik Brasil
O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou que os grupos palestinos, incluindo os rivais Hamas e Fatah, concordaram em acabar com suas divisões e formar um governo interino de unidade nacional.
A Declaração de Pequim foi assinada na cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre 14 facções palestinas realizado na capital da China de 21 a 23 de julho, de acordo com um comunicado, segundo a Reuters.
Esforços anteriores do Egito e de outros países árabes para reconciliar Hamas e Fatah não conseguiram pôr fim a 17 anos de conflito de divisão de poder que enfraqueceu as aspirações políticas palestinas.
Husam Badran, alto funcionário do Hamas, disse que o ponto mais importante da Declaração de Pequim era formar um governo de unidade nacional para administrar os assuntos dos palestinos.
“Isso cria uma barreira formidável contra todas as intervenções regionais e internacionais que buscam impor realidades contra os interesses do nosso povo na gestão dos assuntos palestinos no pós-guerra”, disse Badran, citado pela mídia.
Badran acrescentou que o governo de unidade nacional administraria os assuntos dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, supervisionaria a reconstrução e prepararia as condições para as eleições.
Atualmente, o Hamas comanda Gaza e o Fatah forma a espinha dorsal da Autoridade Palestina, que tem controle limitado na Cisjordânia ocupada por Israel. Não houve nenhum comentário imediato do Fatah. Os detalhes do acordo não estabeleceram um cronograma para a formação de um novo governo.
Em março, o presidente palestino Mahmoud Abbas, que lidera o Fatah, nomeou um novo governo liderado por um de seus assessores próximos, Mohammad Mustafa.
“A China espera sinceramente que as facções palestinas alcancem a independência palestina o mais breve possível com base na reconciliação interna e está disposta a fortalecer a comunicação e a coordenação com as partes relevantes para trabalhar em conjunto para implementar a Declaração de Pequim alcançada hoje [23]”, afirmou Wang Yi, ministro das Relações Exteriores chinês.