Aqui está o artigo reescrito:

“A luta pela liberdade não é apenas uma luta dos oprimidos, mas uma luta de todos os seres humanos, em qualquer lugar do mundo.” A frase do líder palestino Ghasan Kanafani sintetiza a afirmação: ninguém será livre até que a Palestina seja livre.

Não é retórica. A situação em Gaza é uma catástrofe que ameaça o futuro da humanidade. Literalmente.

Doenças e risco mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou o vírus tipo 2 da poliomielite em amostras de águas residuais em Gaza e alertou que pode se espalhar não só localmente, mas também internacionalmente.

Diante da destruição de toda a infraestrutura de saneamento e saúde em Gaza, o chefe da equipe de emergências sanitárias da OMS em Gaza e na Cisjordânia, Ayadil Saparbekov, destacou estar “extremamente preocupado” com a possibilidade de um surto de doenças transmissíveis por vírus.

Vírus não respeita fronteiras. E nessas condições de tamanha degradação ambiental e sanitária em função da tentativa de extermínio do povo palestino, não é ilógico pensar que o genocídio ameaça toda a humanidade.

Condições sanitárias e contaminação

A maioria do povo palestino que vive em abrigos conta com apenas um banheiro para 600 pessoas e 1,52 litro de água por dia. Cada metro está coberto por 107kg de entulhos.

Para além dos assassinados pelas bombas e balas sionistas, bem como da fome e sede, o espraiamento de doenças e infecções em função da falta de condições sanitárias e a contaminação da terra, mar e ar levam à estimativa da publicação científica The Lancet, apresentada em 5 de julho: pelo menos 186 mil palestinos morreram, direta ou indiretamente, nesse genocídio.

Aquecimento

Piora situação climática mundial

O genocídio em Gaza adiciona mais um componente ao quadro de emergência climática no mundo. Israel detonou até o início de junho cerca de 80 mil toneladas de bombas sobre as cabeças de crianças, mulheres, homens, jovens e idosos palestinos.

Um estudo britânico-estadunidense revela que apenas nos dois primeiros meses do genocídio em curso as emissões de gás carbônico superaram as de 20 países mais vulneráveis ao clima em um ano.

Nakba ambiental

A Nakba também é ambiental, com a destruição por 76 anos de fontes de água, matas, rios, nascentes, milhares de árvores, da terra agricultável e de toda possibilidade de subsistência para milhões de palestinos.

Outra preocupação é que muitas terras agrícolas e infraestruturas energéticas e hídricas foram destruídas ou poluídas, com implicações devastadoras para a saúde e o meio ambiente que seguirão por gerações.

Exportação da carnificina

Israel envia sua tecnologia de morte ao Brasil

Israel segue a converter o povo palestino em cobaias humanas para testar suas tecnologias militares para depois exportar ao mundo. Setenta por cento destinam-se à exportação.

Governos e militares

Governos estaduais seguem a adquirir armas e equipamentos israelenses que são entregues às polícias para o genocídio pobre e negro e o extermínio indígena.

O Brasil recebeu uma carga de mísseis Spike LR2 de Israel para o Exército. Os mísseis foram comprados durante o governo Bolsonaro e entregues agora, um ano e meio depois.

Lula, rompa relações com Israel

A pressão por embargo militar a Israel pelo Brasil é parte fundamental das campanhas do movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções). Um passo rumo à exigência de que Lula rompa imediatamente relações econômicas, militares e diplomáticas com Israel.

Bárbaros são os imperialistas

Muda alguma coisa sem Biden?

A resposta é não. Israel é um enclave militar do imperialismo. A provável candidata democrata Kamala Harris defendeu o aumento da ajuda militar para US$ 38 bilhões na década.

Enquanto fechamos esta edição, o genocida Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, está nos Estados Unidos. No Congresso dos EUA voltou a classificar a carnificina que comanda em Gaza como guerra entre “civilização e barbárie”.

“Não em nosso nome”

Judeus antissionistas protestam contra Netanyahu

Os protestos contra sua presença contaram com centenas de judeus antissionistas a partir da mobilização feita pela organização Jewish Voice for Peace (Vozes Judaicas pela Paz) em prédio do Congresso dos EUA, com camisetas vermelhas nas quais havia a frase escrita: “Não em nosso nome”.  Centenas foram presos pela repressão.

Mas os protestos em repúdio ao encontro de genocidas no coração do imperialismo não param. Manifestantes arrancaram e queimaram três bandeiras dos EUA na Union Station em Washington, principal estação de trem e metrô da cidade. Em seu lugar colocaram bandeiras palestinas.

Não virá de um novo presidente dos EUA a saída para o povo palestino, mas da resistência palestina heroica e histórica, que segue viva. Dos oprimidos e explorados em todo o mundo em solidariedade internacional ativa e efetiva. Para além das palavras, na compreensão de que esta é sua luta. Até a Palestina livre do rio ao mar.

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Última Atualização: 25/07/2024