O pai da ativista Fatema Zainab Rajwani, presa no Reino Unido por ações contra a empresa de armas “israelense” Elbit Systems, foi detido no Egito e será deportado para a Grã-Bretanha, informou a organização Palestine Action na última quinta-feira (5). Ele participava de uma marcha rumo a Gaza, em apoio à libertação palestina, representando sua filha, que cumpre prisão preventiva desde 14 de agosto de 2024 por danificar armas destinadas a “Israel”. Fatema, de 20 anos, integra o grupo “Filton 18”, acusado de causar R$1 milhão em prejuízos à Elbit em Bristol. A detenção do pai no Egito ocorreu em meio a protestos contra o bloqueio de Gaza, que impede a entrada de suprimentos essenciais.
Fatema, estudante de comunicação na Goldsmiths University, foi detida com outros ativistas sob a Lei de Terrorismo britânica, mas enfrenta acusações não relacionadas a terrorismo, como danos criminais e invasão agravada. Sua mãe, Sukaina Rajwani, relatou à rede britânica BBC em 14 de novembro de 2024:
“A legislação antiterrorismo foi usada para intimidá-los e mantê-los presos por mais tempo. Pensei que ela conseguiria fiança, pois não tem antecedentes criminais e cumpriu todas as condições.”
A marcha do pai de Fatema reflete a crescente solidariedade global com a causa palestina, que enfrenta repressão em vários países. Segundo o sítio Electronic Intifada, ativistas como Fatema são alvos de leis britânicas que visam silenciar críticas à ditadura sionista, enquanto o Egito intensifica controles em sua fronteira com Gaza.