Ricardo Teixeira cabisbaixo, de óculos, com expressão triste, sem olhar para a câmera
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF – Divulgação

Nesta segunda-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou o áudio da reunião na qual Jair Bolsonaro (PL) teria sido supostamente gravado clandestinamente. O conteúdo vai além da discussão sobre o caso das rachadinhas envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Em um dos trechos da gravação, surge a narrativa de uma suposta oferta de corrupção feita no início dos anos 1990 por Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O relato foi apresentado por Juliana Bierrenbach, advogada do filho do ex-chefe do governo brasileiro, que trouxe à tona a história após saber da amizade entre o ex-ministro Augusto Heleno e seu pai.

Bierrenbach é filha do Major José Bonetti, que foi um dos braços-direitos de João Havelange, ex-presidente da FIFA e sogro de Ricardo Teixeira. Na gravação, Heleno menciona que Bonetti era considerado um “filho de Havelange”. Juliana então relata que essa relação foi rompida após a proposta de corrupção feita por Teixeira ao seu pai.

No áudio, a advogada descreve o episódio, destacando a reação enérgica de seu pai: “Você sabe o que aconteceu, né? (…) Ele era filho do Havelange, até o dia em que o Ricardo Teixeira, no começo dos anos 1990, fez uma proposta de corrupção para o meu pai. Meu pai, italiano de um metro e noventa, subiu em cima da mesa e deu um soco na cara do Ricardo Teixeira. Deu um soco: ‘Tá achando que eu sou moleque?’”.

Ouça a partir do minuto 50:

Teixeira foi banido do futebol pela FIFA em 2019, após ser acusado de corrupção relacionada à Copa do Mundo de 2014. Ele comandou a CBF por 23 anos, posição que alcançou com o apoio de João Havelange. Durante seu mandato, enfrentou várias denúncias de corrupção. Em 1994, foi acusado de tentar burlar a Receita Federal ao retornar dos Estados Unidos com a seleção tetracampeã.

Nos anos 2000, ele enfrentou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para investigar irregularidades nos contratos da CBF com empresas parceiras. A comissão, no entanto, terminou sem um relatório final conclusivo.

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Última Atualização: 15/07/2024