O deputado federal Padre João (PT-MG) protocolou requerimento para a realização de uma Sessão Solene no dia 2 de julho, às 11h, no Plenário Ulysses Guimarães, em memória aos 77 anos da Nakba Palestina – o episódio histórico marcado pelo deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos após a criação do Estado de Israel em 1948. O evento contará com a presença de parlamentares, especialistas, lideranças palestinas e movimentos sociais para debater as consequências da Nakba e a necessidade urgente de reparação histórica.
“A Câmara dos Deputados, como Casa do Povo Brasileiro, não pode se calar diante de violações graves aos direitos humanos e à paz mundial”, declarou Padre João. O parlamentar destacou que a Nakba permanece como uma das maiores tragédias do século XX, com desdobramentos que perduram até hoje: mais de 800 mil palestinos expulsos de suas terras, centenas de aldeias destruídas e milhões de refugiados condenados a um exílio interminável.
Contexto histórico
A Nakba (termo árabe para “catástrofe”) refere-se ao processo de limpeza étnica iniciado após a Resolução 181 da Organização das Nações Unidas (1947), que dividiu a Palestina histórica, destinando 56% do território a um Estado judeu – mesmo com uma população majoritariamente palestina. Com a declaração de independência de Israel em 14 de maio de 1948, a ocupação se expandiu para 78% das terras palestinas, consolidando-se após a guerra de 1948-49.
Atualmente, mais de 5 milhões de refugiados palestinos vivem em campos precários em países vizinhos e no exterior, enquanto Israel continua expandindo assentamentos ilegais em violação ao Direito Internacional e às resoluções da ONU.
O Papel do Brasil
Padre João ressaltou que o Brasil, como signatário da Carta das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, deve se posicionar contra o apartheid israelense e em defesa do direito à autodeterminação do povo palestino; do retorno dos refugiados às suas terras; e da criação de um Estado Palestino soberano, com Jerusalém Oriental como capital.
“Esta Casa precisa estar ao lado da justiça e da legalidade internacional. Não podemos normalizar a violência colonial nem a impunidade de Israel”, afirmou o parlamentar.
Assessoria de Comunicação do deputado Padre João