O procedimento cirúrgico e a internação do presidente Lula (PT) não afetarão as discussões sobre o pacote fiscal anunciado pelo governo, afirmou o ministro da Secretaria de Relações Internacionais, Alexandre Padilha (PT), nesta terça-feira 10.
O ministro, que é médico e mais cedo fez questão de tranquilizar apoiadores de Lula sobre a situação de saúde do presidente, disse ter conversado com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para garantir o avanço dos debates e das votações.
“Ouvimos dos presidentes [Pacheco e Lira] o compromisso de fazer tudo o que for necessário para garantir a votação das medidas que reforçam o cumprimento do marco fiscal. O fato de o presidente Lula estar hospitalizado não impede que esse ritmo e esse compromisso de votações prossigam, para que possamos concluir o ano com essas regras consolidadas.”
Em outras frentes, o governo tenta avançar nas negociações com o Congresso para acelerar a discussão do tema e garantir a realização das votações antes do recesso parlamentar, que começa no dia 23.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo pretende publicar ainda nesta terça uma portaria para viabilizar o pagamento de emendas parlamentares, após uma nova decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.
“A previsão é que saiam hoje os atos para cumprimento e avanço dos compromissos com o Congresso”, declarou o número 2 a jornalistas.