O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), anunciou nesta segunda-feira 17 o lançamento de um edital para contratação de mais de 2,2 mil profissionais pelo programa Mais Médicos. Nesta etapa, as vagas serão abertas para adesão dos municípios — 1.296 cidades terão contratações imeadiatas.
A pasta ainda não divulgou a lista das cidades a serem contempladas. Com as novas contratações, a expectativa da Saúde é preencher as 28 mil vagas previstas no programa, lançado em 2013 para suprir a carência de médicos no interior dos estados e nas periferias das grandes cidades.
Em uma etapa posterior, o ministério lançará um edital para os médicos buscarem as vagas. A previsão é que essa seleção ocorra em abril e que os profissionais iniciem as atividades em maio. “Isso significa o atendimento direto a 60 milhões de brasileiros. Garantindo o atendimento na atenção primária, a presença do médico bem formado, qualificado”, disse Padilha.
Para aderir ao Mais Médicos, os gestores de estados e municípios devem se inscrever no sistema do Ministério da Saúde até 24 de março. O edital terá uma previsão de reserva de vagas a médicos negros, quilombolas, indígenas e com deficiência. Na nova contratação, a região da Amazônia Legal será contemplada com 473 vagas em 709 cidades.
O ministro ainda declarou ter aberto a operação de salas de situação na Saúde que reunirão as equipes de diversas áreas para avaliar dados e propor ações voltadas à redução do tempo de espera para atendimento especializado, tratamento de câncer, saúde da mulher, imunização e produção de medicamentos.
Mudanças no Revalida
Durante evento nesta segunda, Padilha também defendeu mudanças no Revalida, exame que ratifica diplomas de médicos formados no exterior para trabalhar no Brasil. Segundo ele, é necessário adotar um exame justo e alinhado às cobranças feitas pelos ministérios da Saúde e da Educação aos cursos de formação de médicos brasileiros.
“Contem comigo na luta de um Revalida justo. Nós não queremos nenhum Revalida pior ou mais difícil do que aquilo que é cobrado e avaliado para todo médico e médica que se forma neste País. A gente quer o mesmo patamar”, afirmou o ministro. Ele informou que o processo de atualização do exame já tem sido discutido com o MEC.
O Revalida centraliza a validação de diplomas estrangeiros de Medicina. Sem o exame, brasileiros ou estrangeiros graduados em Medicina em outros países não podem solicitar o registro nos conselhos brasileiros.
Em seu discurso, Padilha pontuou ainda que o Ministério da Saúde tem trabalhado para reformular e ampliar o processo de avaliação de qualidade das faculdades de Medicina do País.