O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) fugiu, mais uma vez, de responder uma pergunta sobre propostas eleitorais durante o debate organizado pela revista Veja nesta segunda-feira (19). Na ocasião, ele convidou seu público a assistirem mais ataques infundados nas redes sociais.
Perguntado pela Tabata Amaral (PSB) sobre seu planejamento, se eleito, para combater a fome na capital paulista, o coach desviou do assunto convidando o público para acessarem seu perfil no Instagram, onde soma mais de 12,7 milhões de seguidores.
“Eu me proponho aqui, Tabata, a pergunta que você fez será respondida no Instagram, mas eu vou ler as 28 principais propostas para a cidade de São Paulo. Eu espero não ser deselegante com isso, mas a sua pergunta vai ser respondida logo após o debate”, finalizou.
“É uma covardia e um tiro no pé não participar de debate com o M4rçal. A cidade não merece isso”
M4rçal após pergunta de Tabata sobre fome na cidade de São Paulo: “Vou responder no meu Instagram após o debate” 🤷♂️ pic.twitter.com/LU2AJy8rd0
— Jeff Nascimento (@jnascim) August 19, 2024
A falta de propostas do bolsonarista tem chamado a atenção nas redes sociais. Nos outros dois embates já realizados, o empresário saiu sem apresentar ideias concretas que possam resolver problemas dos paulistanos. No evento anterior, realizado pelo Estadão, ele foi notado apenas pela produção de “lacradas” e mentiras contadas sobre Guilherme Boulos (PSOL).
Na cena que teve a maior repercussão, Marçal estendeu uma carteira de trabalho na direção do rosto de seu opositor em uma insinuação de que o professor da Universidade de São Paulo (USP) não gosta de trabalhar. Além disso, ele tem batido na tecla de acusar, sem provas, que Boulos seja usuário de drogas.
Apesar da promessa de apresentar provas em seu perfil no Instagram, o bolsonarista, após o debate, só continuou a atacar diretamente os rivais no pleito. Com uma série 9 posts, publicados em um intervalo de 1 minuto, ele cita 8 políticos com apelidos jocosos e associando-os como “a verdadeira face do sistema”, para se vender como um candidato anti-sistema.
Boulos, por exemplo, é estampado com a alcunha de “aspirador de pó”, o apresentador Datena (PSDB), como “dápena”, e Ricardo Nunes (MDB), como Bananinha.
No centro das 9 publicações, está um vídeo em que um ator, apresentado como “o sistema”, esculacha outros atores, todos com máscaras dos outros políticos, reforçando os estereótipos utilizado por Marçal nos debates. “Calcinha apertada” para João Dória (PSDB), “traíra” para Joice Hasselmann e “madame penteado” para Marta Suplicy (PT).