Mais uma vez, operários e operárias da construção civil de Belém, capital Pará, realizaram uma massiva assembleia ontem (11/9) como parte da campanha salarial. A categoria já rejeitou, por duas vezes, rebaixada proposta apresentada pela patronal. Na última propostas, os patrões ofereceram apenas 5,5% de reajuste no piso salarial e na participação nos lucros e resultados (PLR), e R$ 10 de aumento na cesta básica.
“Na nossa campanha salarial estamos exigindo salários e direitos padrão COP 30. A cidade está cheia de obras que estão realizadas por nós, trabalhadores da construção. Os patrões estão ganhando muito dinheiro a nossa custa e mesmo assim estão apresentando uma proposta vergonhosa”, pontua Ailson Cunha, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Belém (STICMB), filiado à CSP-Conlutas.
“Estamos cobrando 9,5% de reajuste no piso salarial; cesta básica no valor de R$ 270; R$ 378 de PLR; classificação para as operárias; aviso prévio indenizado; fim do meio oficial; e a manutenção de todas as cláusulas sociais”, completa.
Após a assembleia, os operários e operárias saíram em passeata pelas ruas de Belém. O PSTU esteve presente na assembleia e na passeata levando apoio à categoria. O partido tem um histórico trabalho junto aos operários e operárias da construção civil de Belém.
Greve
A assembleia aprovou paralisação na próxima segunda-feira, dia 15. “Vamos realizar um café da manhã na sede do Sindicato. Depois vamos sair em passeata até a sede do sindicato patronal cobrar negociação. “Caso os patrões não avancem, é greve geral a partir da terça-feira, dia 16”, informa Ailson Cunha.
O sindicato dos operários protocolou, esta semana, ofício junto à prefeitura de Belém e ao governo do Estado, para que intercedam e cobrem da patronal negociação e aceitação das propostas dos trabalhadores.
Apoio à resistência palestina
A assembleia também aprovou apoio à Flotilha Global Sumud, que partiu no fim de agosto da Espanha e já cruzou o Mediterrâneo em direção à Faixa de Gaza (acompanhe o trajeto aqui), deve chegar ao destino amanhã, 13 de setembro. A frota leva centenas de ativistas e toneladas de mantimentos, em um ato político contra o bloqueio imposto por Israel.
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