
Os medicamentos Olire e Lirux, considerados os “Ozempic brasileiros”, começam a ser vendidos em farmácias de todo o país nesta segunda-feira (4). Desenvolvidos pela farmacêutica EMS, os remédios são voltados ao tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, respectivamente, e têm como base a liraglutida — o mesmo princípio ativo dos conhecidos Saxenda e Victoza, da Novo Nordisk, cuja patente expirou este ano no Brasil.
A liraglutida é um análogo do hormônio GLP-1, que regula o apetite e os níveis de açúcar no sangue. “Olire e Lirux são medicamentos à base de liraglutida, produzidos a partir de uma tecnologia moderna que envolve a síntese química de peptídeos”, explicou Iran Gonçalves Jr., diretor médico da EMS.
Ao contrário da semaglutida (presente no Ozempic e Wegovy), a liraglutida exige aplicação diária, com doses de até 1,8 mg para o Lirux e 3 mg para o Olire.
O Olire é indicado para pacientes com obesidade ou sobrepeso e índice de massa corporal (IMC) acima de 27, desde que apresentem comorbidades como diabetes, hipertensão, colesterol alto ou doenças cardiovasculares.
Já o Lirux pode ser usado por adultos, adolescentes e crianças com mais de 10 anos que convivem com diabetes tipo 2 e não têm controle da glicemia apenas com dieta e exercícios físicos.
Quanto custa?
O preço sugerido dos medicamentos varia: R$ 307,26 (1 caneta), R$ 507,07 (Lirux com 2 canetas) e R$ 760,61 (Olire com 3 canetas). De acordo com a EMS, até o fim de 2025 devem ser distribuídas 250 mil unidades, número que pode dobrar até agosto de 2026, alcançando 500 mil canetas em todo o varejo farmacêutico.
