Esporte Bretão
Marcelo Silva
OS MAIS MAIS NO BRASIL SEGUNDO A FOLHA
A Folha de São Paulo classifica os melhores dos últimos anos segundo os campeonatos que ganharam. Um campeonato regional dá poucos pontos e os mundiais dão nada menos que 40 pontos. E então o campeão de todos é o Flamengo com 1.125 pontos, vindo a seguir os grandes paulistas: Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos. Em 6ª temos o Cruzeiro, vindo em seguida o Grêmio, Internacional, Vasco e o 10º é o Fluminense. O Botafogo pulou para o 12º lugar, logo após o Atlético-MG. Seguem-se quatro times do Nordeste: Bahia, Sport, Fortaleza e Ceará, demais até o 39º
E no ranking internacional
A Folha também mantém um ranking dos times de futebol que mais conquistam torneios internacionais. À frente, longe do segundo colocado, o Inter de Milão, está o Real Madrid. Em 3º vem um argentino, o Boca Juniors, seguindo pelo Bayern, depois Barcelona e em 6º o Liverpool. Seguem-se Penarol, Independiente, Juventus e finalmente o primeiro brasileiro, o São Paulo. O Brasil ainda tem o Santos, em 15º, Palmeiras e Flamengo empatados em 19º lugar, Grêmio, Cruzeiro, Internacional e em 31ª lugar o Corinthians.
Torcedores do Atlético têm razão para reclamar com Ronaldo?
Ronaldo foi a BH e comprou na feira, digo num escritório da cidade o time de futebol do Cruzeiro. Os jogadores se esforçaram, o time voltou à primeira divisão e o ex-craque vendeu a mercadoria, digo o time a um comerciante de supermercado, ganhando algumas centenas de milhões de reais. Os torcedores manifestaram-se com muito ódio contra o gajo, mas nenhuma razão lhes assiste ou a qualquer torcedor que permite e até festeja quando seu time se torna mercadoria.
Comprar times é como comprar um negócio qualquer
Não tem romantismo. Os capitalistas não compram times de futebol por amor à camisa mas para ganhar dinheiro, como investimento. Têm pois o direito de vender-os por preço melhor ou até a abandoná-los se o investimento não der certo e o time decair demais. Como aconteceu com o Vasco. E têm também o direito de vender os craques que são descobertos, a hora que bem entenderem, e por a grana no bolso.
A mágica
Vender e comprar times virou um bom negócio. Bom para os clubes endividados, que podem passar o que têm de bom, o futebol, que vira SAF e ficar com as dívidas. E aí os clubes podem entrar com um tipo de ação equivalente a recuperação judicial de empresas, pagar a dívida em prazos intermináveis. Basta o juiz deferir a recuperação (concentração de execuções) e os créditos dos infelizes credores ficam podres, passam a valer menos da metade do valor real, pois, repita-se, só começarão a receber após mais de um ano. Por isso os incompetentes dirigentes do Fogão podem comemorar o fato de ter reduzido uma dívida de R$ 1 bilhão para uns R$ 300 milhões. De um lado receberam pelo time de futebol R$ 400 milhões de John Textor, investidor e por enquanto torcedor e dono do time, outro tanto ficou podre e pode ser pago com metade do preço.
As Bets e a compra de craques pelos times brasileiros
Para ajudar no caixa dos times brasileiros temos há muitos anos o mercado externo, que compra nossos craques. Agora com o patrocínio das Bets, que estão ganhando rios de dinheiro e passando muitos trocados aos times brasileiros, eles se permitem comprar craques até no exterior e não mais os velhinhos, que vinham se aposentar em clubes brasileiros. O balanço entre o que entra no país e o que sai, na venda e compra de jogadores, ainda é favorável ao Brasil, mas se as Bets continuarem engordando e investindo pode haver inversão no fluxo de dólares.