Os dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram uma melhora no mercado de trabalho no trimestre fevereiro a abril em relação ao ano anterior.
Na tabela elaborada pelo Jornal GGN a partir dos dados do IBGE, é possível verificar que a população apta para trabalhar aumentou 0,8% (1,450 milhão) na comparação com 2024, chegando a 177,289 milhões de pessoas.
Desse total, 7,273 milhões de pessoas estão desocupadas no momento, o que representa uma queda de 11,4% (-940 mil) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o total da força de trabalho ocupada ficou estável em 103,257 milhões de pessoas, em alta de 2,4% ante o visto no ano anterior.
Composição do emprego
Ao se apurar a composição do emprego no mercado brasileiro, os maiores empregadores abriram mais vagas no período pesquisado:
– Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 19,673 milhões, acima dos 18,978 milhões registrados em 2024.
– Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: 18,785 milhões, acima dos 18,054 milhões vistos no ano anterior.
– Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: 13,161 milhões, acima dos 12,726 milhões de 2024.
Os setores que reduziram as vagas oferecidas no período foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,679 milhões, ante 8,027 milhões) e serviços domésticos (5,798 milhões, ante 5,909 milhões).
Rendimento salarial
Quando apuramos o rendimento no trabalho principal, os melhores salários pagos são justamente de dois dos setores que mais empregam no país:
– Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: R$ 4,192, acima dos R$ 3,961 de 2024;
– Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: R$ 4.053, ante R$ 3.860 no ano anterior.
A indústria geral é o terceiro segmento econômico que registra maior rendimento, com R$ 2.771, ante R$ 2.655 no ano passado.
Quanto ao rendimento médio, os dados do IBGE mostram um aumento consistente no valor pago aos trabalhadores desde o último trimestre de 2021.
No período fevereiro/abril de 2025, a média paga foi de R$ 3.426, acima do visto no trimestre anterior em 2024 (R$ 3.319), 2023 (R$ 3.169) e de 2015 (3.161).
Desalentados e subutilizados
Na análise dos desalentados e na subutilização da mão de obra no país, é possível avaliar a continuidade na melhora do quadro após o auge visto no trimestre maio/julho de 2020.
No trimestre fechado em abril, o percentual de desalentados e subutilizados era de 18,1%, mantendo a trajetória de queda iniciada em 2023 (o trimestre maio/julho foi de 21%).
O indicador ficou em nível praticamente estável ao visto no período fevereiro/abril de 2015, quando o total de desalentados/subutilizados era de 18,3% – o mesmo percentual visto entre novembro de 2024 e janeiro de 2025.