
Na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (18), 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), serão julgados pela tentativa de golpe de Estado em 2022.
O relatório foi baseado no inquérito da Polícia Federal de novembro de 2024, que listava aproximadamente 40 nomes. Onze deles, como Valdemar Costa Neto e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, não foram incluídos na acusação final.
A Procuradoria avaliou se havia elementos suficientes para comprovar a participação de cada um nos atos golpistas. Quatro novas pessoas, como Silvinei Vasques, foram incluídas na denúncia após a análise.
A denúncia acusa os envolvidos de crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolição do estado democrático de direito. Bolsonaro e os demais acusados são investigados por supostamente planejarem manter o poder após a derrota nas eleições de 2022.
Saiba quem não apareceu na lista da Procuradoria, mas estava no documento da Polícia Federal:
- Valdemar Costa Neto; presidente do PL, partido pelo qual Jair Bolsonaro e Braga Netto disputaram as eleições de 2022;
- Aparecido Andrade Portella; suplente da senadora Teresa Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro;
- Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, coronel do Exército e um dos autores do documento de teor golpista “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”;
- Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
- Anderson Lima de Moura, coronel do Exército e um dos autores do documento de teor golpista “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”;
- Carlos Giovani Delevati Pasini, coronel do Exército suspeito de ter participado da confecção da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”;
- Fernando Cerimedo, empresário argentino que fez live questionando a segurança das urnas eletrônicas durante as eleições de 2022;
- José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;
- Laercio Vergililo, general da reserva;
- Ronald Ferreira de Araujo Junior, tenente-coronel do Exército;
- Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
Além dos excluídos da denúncia, quatro bolsonaristas entraram no documento elaborado pela PGR. São eles:
- Fernando de Sousa Oliveira; chefiava a Secretaria de Segurança quando as sedes dos três poderes da República foram invadidas;
- Márcio Nunes de Resende Júnior;
- Marília Ferreira de Alencar; ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF.
- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e chegou a ser preso em 2023.
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