Nesta sexta-feira (29), o Sindmar, o Syndarma, a Abeam e a Abac enviaram um ofício conjunto a autoridades da Marinha do Brasil com propostas para a atualização da grade curricular dos cursos fundamentais das Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM).

Além da revisão do conteúdo de diversas disciplinas, as propostas das representações sindicais laboral e patronal contemplam sugestões sobre estágios e treinamentos, reformas na parte estrutural dos centros de instrução Almirante Graça Aranha e Almirante Braz de Aguiar, além de recomendações relacionadas ao corpo docente da EFOMM.

Veja abaixo as considerações enviadas ao diretor de Portos e Costas e aos comandantes do CIAGA e do CIABA:

I – Estágios e treinamentos

Durante a fase escolar do Curso de Formação os alunos precisam ter mais contato com as embarcações e com os equipamentos. Para isso, sugerimos:

1. Que a DPC verifique a possibilidade do retorno do Programa de Instrução no Mar (PIM) durante o Curso, de preferência ao fim do segundo semestre. Esse Programa traz diversas vantagens, tais como: propiciar logo ao início do Curso um contato com o mar a bordo das embarcações, reduzindo as evasões ao final do Curso; dar aos alunos mais conhecimento para decidir pelo curso de Náutica ou de Máquinas; e motivar aqueles alunos que têm, de fato, vocação para o trabalho no mar ou despertar a vocação daqueles ainda indecisos.

2. Que as Escolas busquem parcerias com fabricantes/fornecedoras de motores e equipamentos marítimos, para que eles possam disponibilizar seus especialistas para ministrar aulas sobre motores/equipamentos modernos e outras tecnologias avançadas.

3. Que as Escolas verifiquem a possibilidade de estabelecer memorandos de entendimento ou convênios com universidades, escolas técnicas e SENAI, visando complementar a capacitação em determinadas disciplinas e/ou suprir a falta ou a desatualização de instrutores.

4. Que as Escolas verifiquem a conveniência do estabelecimento de intercâmbio com empresas de navegação e logística intermodal, com o propósito de proporcionar aos alunos e instrutores a ambientação com o gerenciamento marítimo em terra.

II – Observações sobre a Parte Estrutural das Escolas

As escolas devem possuir uma estrutura adequada para suportar um ensino prático e teórico de alta qualidade. Para isso, sugerimos:

1.Laboratórios: modernizar e ampliar os laboratórios existentes, com equipamentos que reflitam as tecnologias atuais do setor marítimo.

2. Simuladores: a) modernizar os simuladores, para proporcionar aos alunos uma experiência prática realista e segura; b) instalar um simulador de passadiço específico para as embarcações de Apoio Marítimo.

3. Instalações de Apoio ao Ensino: modernizar as instalações de apoio, como bibliotecas, salas de estudo, e áreas de convivência, para promover um ambiente de aprendizado mais integrado e colaborativo.

III – Observações sobre o Corpo Docente

O corpo docente desempenha um papel fundamental na formação dos alunos. Para isso, sugerimos:

1. Qualificação: Incentivar a qualificação contínua dos professores, com oportunidades para desenvolvimento profissional e atualizações sobre as últimas tendências do setor.

2. Experiência Prática: Valorizar a experiência prática dos docentes, promovendo a contratação de profissionais com vasta experiência no mercado marítimo.

3. Integração: Fomentar a integração entre os docentes de diferentes áreas para promover uma abordagem multidisciplinar.

O grupo de trabalho das entidades representativas de armadores e de oficiais mercantes conta com a colaboração de especialistas, dirigentes sindicais e diretores de empresas de navegação. O esforço conjunto visa contribuir para que o Brasil possa manter uma formação de excelência para os oficiais da Marinha Mercante por meio da Marinha do Brasil.

Informações: Sindmar.

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Last Update: 29/11/2024