A denúncia foi feita à emissora palestina Al-Aqsa Channel. Segundo declaração do líder do Hamas, “parar a agressão é a nossa principal prioridade”. Para isto, “as negociações começaram com 5 pontos principais representados pelos seguintes: cessar-fogo, retirada da ocupação, socorro aos deslocados e reconstrução, levantamento do cerco e acordo de troca de prisioneiros”.
Contudo, “Israel” “voltou atrás no que havia acordado anteriormente” e “colocou novas condições para aceitar o acordo”, denunciando que “a ocupação fala em reposicionamento no Corredor de Filadélfia e na gestão não palestina da passagem de Rafá”. Sendo o corredor Filadélfia é uma faixa de terra, com 14 km de comprimento, situada na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, indo da divisa com “Israel” até a costa da faixa de Gaza, a permanência de tropas sionistas lá fará com que “Israel” controle toda a fronteira com o Egito.
Hamdan declara ainda que “após a invasão de Rafá”, ficou claro “que o inimigo sionista não quer um cessar-fogo”, e que isto foi informado aos mediadores do acordo.
Além de denunciar a entidade sionista de ocupação, o líder do Hamas também expõe a demagogia do governo Biden: “A administração americana está a plantar falsas esperanças ao falar de um acordo iminente para fins eleitorais”, deixando claro que o Hamas e a resistência palestina não aceitará “quaisquer retratações do que combinamos em 2 de julho, nem quaisquer novas condições”.
Hamdan destaque que essa posição é de toda a Resistência, que formou uma frente única para lutar contra a ditadura de “Israel”: “Realizámos múltiplas reuniões com as facções para chegar a uma visão nacional e chegar a acordo sobre um governo palestiniano”.
Finaliza a nota deixando claro que as organizações da Resistência não abandonarão o povo palestino, e seguirão lutando por sua libertação do sionismo e do imperialismo, sem ceder a “acordos” que mantenham os palestinos escravizados:
“As facções que formam este governo têm uma estratégia para expulsar o povo palestiniano das suas terras e estamos empenhados numa batalha pela sobrevivência nas nossas terras. […] Todos os meios de resistência devem ser utilizados para enfrentar este inimigo, e a resistência é a única forma de alcançar a libertação. […] O inimigo não deve sentir-se seguro em parte alguma; deve sofrer problemas por parte dos filhos da nação e de todas as pessoas livres do mundo […] Não vamos parar até que a nossa terra seja libertada e esta entidade seja removida dela.”